Nome do dragão: Valavicius Vlodovic
Raça: Dragão Metálico Dourado
Elemento que rege: Direito parcial sobre a Luz, além do Direito total sobre o Fogo e Terra.
Idade: 1011 anos
Nascido de uma poderosa família de Dragões Dourados, onde seu covil situava nas geladas e gigantes montanhas do nepal no oriente, o pequeno Dragão Valavicius foi criado com mão forte, aprendendo rigorosamente as leis e as histórias dos grandes Dragões, era ensinado a sempre praticar a justiça e manter a ordem, a paz entre os Dragões e outras raças viventes na terra, tambêm foi lhe dado como missão e explicado que por várias gerações dos dragões dourados, sua família tinha como missão de vida guardar os tesouros da família e cuidar da biblioteca na qual era uma das mais completas em todo o mundo.
O pequeno Dragão foi crescendo sempre estudando muito e treinando para as batalhas que seus antepassados profetizavam que um dia iria vir sobre a face da terra, guerras em que todas as raças predominantes disputarão maior espaço e soberania no mundo, raças como vampiros, lobisomens, humanos caçadores, magos, dentre outras. Como os dragões são os maios poderosos em todo o mundo e entre eles o metálico dourado o mais forte sábio e justo entre eles, a ele era a maior responsabilidade de manter a ordem e a paz mundial.
Passado muitos anos o bebê ja se tornou um Dragão adulto muito sábio grande justo e poderoso, finalmente chegou o tempo da tormenta a guerra que seus antepassados profetizavam, séculos se passaram quando um inesperado chamado do conselho de Wyrms faz com que Valavicius bata suas asas ao encontro dos grandes Anciões do conselho onde recebe uma grande missão de seguir a terras distantes e sombrias chamada Darknessfall , onde ali deveria se juntar ao poderoso clã dos Dragões , agora o Dragão Dourado junto aos seus irmãos Dragões, lutarão incansavelmente para destruir os inimigos que financiam a guerra e tiram a paz.
Sempre destruindo o mal , mantendo o equilibrio do mundo , praticando a justiça e protegendo os bons.
domingo, 31 de maio de 2009
Bg Valavicius Vlodovic Dragão metálico Dourado
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Bg Desmor Nexen Dragão Crômatico azul
Desmor tinha apenas 9 anos de idade quando a tragedia abateu-se sobre sua vida, A guerra, que já durava alguns anos, finalmente chegara ao seu povoado trazendo fome, doenças e devastação. Sendo o povoado pequeno e com a maioria de seus moradores vivendo da agricultura, todos os homens e meninos que pudessem portar armas foram convocados, deixando para traz uma cidade de mulheres, crianças e velhos, totalmente indefesa. Num sombrio dia de outono, quando haviam se passado exatamente dois anos desde que os homens haviam ido para os campos de batalha, a cidade foi invadida, pilhada e incendiada até a ultima casa, Não sobrou pedra sobre pedra. Todos os moradores foram impiedosamente assassinados e desmor, muito ferido entre as vitimas, foi tido como morto. Apos quase um dia inteiro de inconsciencia, desmor recobra os sentidos para se encontrar no meio de uma pilha fétida de cadaveres. Ainda muito ferido ele se arrasta para fora desse quadro de horror e olha em volta. O que ele vê lhe traz calafrios e desespero; da cidade só restavam pilhas de escombros e fumaça negra saindo das casas incendiadas. Desesperado, o menino inicia a triste tarefa de tentar encontrar seus familiares e amigos. Um a um ele encontra os seus corpos e de cada um ele se despede com lagrimas nos olhos. Não podia permanecer ali e também não podia dar um enterro aos seus mortos, ele ainda estava muito enfraquecido pelos ferimentos e os soldados poderiam voltar a qualquer momento.
Os dias e meses se passaram enquanto o menino vagava pelas florestas tentando achar um lugar seguro para ficar. Vivendo de plantas, frutos e raizes que colhia pelo caminho, desmor ocasionalmente deparava-se com algum povoado onde efetuava pequenos furtos de alimentos. Bebia a agua da chuva e dos córregos que encontrava e dormia em cavernas ou a ceu aberto, coberto pelas folhagens que se acumulavam no chão. Não tinha noção do tempo nem do espaço que já havia percorrido, só sabia que tinha que continuar em frente, sem confiar em ninguém, até que se sentisse totalmente seguro.
As estações foram mudando e o inverno já se fazia anunciar, tornando a viagem de desmor uma penosa experiencia. Suas roupas transformaram-se em trapos que mal davam para cobrir seu corpo e, apesar da fome constante que o assolava, desmor crescia a olhos vistos. Apos um dia de buscas infrutiferas ele desaba no chão, proximo a uma caverna que encontrara e estava utilizando como abrigo. A noite já estava avançada quando desmor despertou com a sensacão de que estava sendo observado. Procurou por um pouco de luz mas não encontrou, não havia lua nem estrelas no céu e todos os seus poucos pertences estavam dentro da caverna. Munindo-se de coragem e impulsionado pelo medo ele se levantou e correu para dentro do abrigo, tateando no escuro a pocura das pedras que utilizava para fazer fogo. Com um suspiro de alivio encontrau-as e começou a tarefa de fazer uma fogueira para trazer um pouco de luz aquela noite de breu e silencio. O fogo comecava a crepitar e iluminar os cantos da caverna enquanto desmor assoprava a fogueira com medo de que as chamas morressem, fazendo com que a escuridão opressiva mais uma vez arrastassem o mundo para dentro de seu dominio. De repente ele novamente sentiu que esta sendo observado, só que dessa vez a sensaçao era mais proxima, mais intensa. Levantou os olhos e, entre as labaredas que se levantavam do fogo, do outro lado da caverna, ele viu aquela criatura toda de negro, com rosto sombrio e olhos encovados, olhando-o com uma curiosidade incomum. Apavorado desmor tentou fugir porem descobriu que nao conseguia se mover e tampouco falar; tinha certeza de que sua hora chegara e que a Morte havia vindo lhe buscar.
A criatura da noite que desmor confundira com a Morte era um Necromante, que naquele dia estava retornando para sua base quando, de repente, avistou aquela criança suja, maltrapilha e solitária travando uma luta de sobrevivencia em meio ao Caos. A curiosidade inicial se transformou em interesse ao perceber no menino uma potencial possibilidade. Nessa noite deu-se inicio para desmor a longa viagem que o levaria a abraçar o mundo de magia negra dos Undeads para mais tarde abandoná-lo, mudando radicalmente seu destino.
O reduto dos Undeads ficava dentro de um cemitério, num lugar perdido no tempo chamado Darkness Fall. A principio desmor trabalhou limpando o castelo, os laboratorios e os delicados instrumentos de trabalho dos necromantes. Sendo pessoa de poucas palavras e de natureza introvertida logo começou a ser apreciado pelos undeads que habitavam a propriedade. Os anos foram se passando e desmor cada vez ganhava mais a confiança de seus mestres, tendo por eles sido iniciado nos mistérios da necromancia e do mundo dos mortos-vivos. Agora era um homem, já havia deixado para tras aquele menino fraco e amedrontado mas tinha mantido sua personalidade reservada e arredia que por sinal, se encaixava perfeitamente na sociedade dos Undeads. Gostava da companhia dos necromantes, apreciava o trabalho que fazia mas, realmente, não se sentia parte do grupo. Estava faltando alguma coisa, ele sabia que sim, porém não conseguia descobrir o que era.
Um dia, desmor caminhava taciturno em direçao ao castelo dos Undeads quando percebeu que alguem o observava. Tinha recordação de haver tido essa mesma sensação antes, há muito tempo atrás, só que dessa vez sua reação foi diferente, não houve receio de sua parte. Virou-se para confrontar seu observador e surpreendeu-se ao deparar-se com uma jovem dragonesa que, do alto de uma caverna, olhava para ele com seus enormes e brilhantes olhos azuis. Ele já havia visto dragões antes sobrevoando os céus de Darkness Fall mas nunca havia chegado tão perto de um deles. Dragões eram inimigos naturais dos Undeads e, apesar de não ter havido um confronto sério entre as duas raças desde que ele se lembrava, eram criaturas a serem evitadas. Apesar de toda a consciencia intelectual do perigo, algo o atraia para perto daquela criatura iluminada pela luz da vida que dela emanava. Como se estivesse enfeitiçado, desmor se aproximou da dragonesa tornando-se o alvo de um numero infindavel de perguntas e comentarios. Ele tinha encontrado uma dragonesa do Latão...Logo os dois entabularam uma conversa que parecia mais um monologo do que um dialogo, ela falava horas a fio e ele, fascinado, escutava. As horas foram se passando, o sol da manhã despontou e a noite voltou a cobrir o céu Drakness Fall com seu pesado manto; ele tinha que voltar para o castelo. Desmor despede-se de sua nova amiga, esperando no fundo vê-la novamente. No dia seguinte ele fazia o mesmo caminho, e dizia para si mesmo que nao era na esperanca de ver a dragonesa, quando olha para a caverna e ve, ao invés de um dragão, uma moça bem jovem. Uma linda mocinha com imensos e brilhantes olhos azuis. Não leva muito tempo para perceber o que acontecera, com seu poder de trasmutação Ianthe, esse era o nome dela, havia tomado sua forma humana para apresentar-se a ele.
Dias transformaram-se em semanas, semanas tornaram-se meses e Darkness Fall habituou-se a ver aqueles dois sempre juntos ela falando muito e ele escutando atentamente. O impossível finalmente acontecera, ele, um Necromante, havia se apaixonado por um membro do clã inimigo dos Dragões. A princîpio os Dragões viram com reservas e preocupação essa amizade. O que estaria querendo um necromante no meio dos dragões? Que segredos teria ele vindo espionar? Com o tempo porém viram algo que ninguém, em sã consciencia, poderia ter imaginado: a jovem dragonesa e o necromante estavam perdidamente apaixonados. Desmor cada vez mais se aproximava dos dragões e, em contrapartida, se afastava dos seus. Secretamente usando seus poderes de magia negra aprendidos, e apelando para os poderes dos magos, ele foi se preparando para se transformar em um dragão. Tendo sido aceito por eles desmor cada vez se sentia mais confortavel na companhia daquelas criaturas incríveis, em poder e majestade.
O inevitavel finalmente aconteceu e foi chegado o dia em que desmor iria abandonar para sempre o convivio dos Undeads e se juntar para sempre ao Clã do Dragões. Tudo correra as mil maravilhas quando no dia seguinte desmor passou a receber mensagens telepaticas dos Undeads avisando-o que se ele não voltasse atras em sua decisão seria caçado e morto pelos necromantes. Em estado de apreensão desmor comenta com Ianthe o ocorrido. Ela recomenda-lhe cautela pois os Undeads sempre foram famosos por sua intolerancia e capacidade de retaliação. Era necessário agir com muita cautela pois ele ainda não havia se transformado totalmente em dragão. Os dois jovens, com medo do que poderia acontecer, não comentaram nada, sobre as ameaças dos Undeads, com o resto do clã.
Mal sabia desmor que, ao esconder dos Dragões, as ameaças feitas pelos necromantes selaria para sempre o seu destino. Estava para começar uma aventura de vida e morte, amor e odio, coragem e sacrificios, feita do material com o qual são escritas as grandes lendas e de onde nascem os verdadeiros herois.
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domingo, 3 de maio de 2009
BG Ianthe Frey Dragão Metálico Latão
Nome do Dragão: Ianthe Frey
Classe: Metálico Latão
Idade: 202 anos
Altura: 1,80 metros (forma humana), 2,20 metros (forma dracônica humanoide), 15 metros (forma dracônica mística).
Najm Sabah (Estrela da Manhã)
Aconteceu há muito tempo atrás, nas montanhas de Ahaggar, muito antes da grande rainha guerreira Tin-Hinan unificar o povo Berbere sob um único reinado e os Kel Ahaggar em uma confederação. Foi no tempo em que o mundo não era formado por fronteiras invisíveis e as areias do deserto eram o lar dos valorosos guerreiros nômades do Povo Azul.
Tudo que havia era escuridão e uma sensação de opressão sufocante comprimindo meu corpo e cortando minha respiração. Ouvi sons abafados ao longe sugerindo que havia outros por perto e isso me deu ânimo para tentar me livrar daquilo que me mantinha presa, quase imobilizada. Tentando abrir meu caminho para a liberdade, finalmente consigo abrir uma rachadura naquela parede que não parecia ter início ou fim. Escutei sons mais claros, mais definidos. Assustada, parei minha luta por um momento e apurei meus ouvidos, tentando entender aquela língua que me era estranha...
- Ahmir! Ahmir! Acorda, acorda Ahmir.
- O que....shhh Leila, você vai acordar todo o acampamento. O que está acontecendo?
- O ovo está se mexendo....acho que chegou a hora. Corre, vai chamar o avô!
- Mexendo? Deixa eu ver, traz a tocha para iluminar melhor. Está sim, tem uma rachadura, não, são 3 , 4.....vou chamar o avô..
E foi assim que, ao abrir meu caminho para a liberdade, minha primeira visão do mundo foram dois pares de olhos curiosos e espantados. Ainda estava escuro mas, quando pisquei meus olhos, fixando as imagens que estavam à minha frente, eles iluminaram os rostos que eu reconheceria todos os dias do início de minha jornada.
Lá estavam eles, Leila e Ahmir, ansiosos e mal contendo sua alegria. Havia um misto de surpresa e desapontamento nas duas crianças e, dentro de minha própria confusão, não notei o ancião que, ao lado, me olhava com uma benevolência própria daqueles que já viveram muito.
As crianças não paravam de falar...
- Avô, avô, os olhos, os olhos têm luz da cor do céu!
- Avô, achei que você tinha dito que era um ovo de dragão...ele é tão pequeno...não se parece nada com um dragão. E a cor, que cor é essa?
O avô, distraído pelas observações das crianças, pegou-as pelas mãos e explicou:
- Leila, os olhos emitem luz porque essa é uma das características dos dragões, eles têm uma excelente visão noturna devido a sua capacidade de iluminar aquilo que precisam ver. Quanto aos olhos cor do céu, humm....não sei. Nunca havia visto ou ouvido falar de dragões com olhos cor-de-céu.
- Ahmir, se você tivesse que ser gerado e nascer em condições anormais também seria um menino mirrado e desengonçado. Quanto à cor, também nunca vi nada igual mas vamos esperar pois com o tempo ela se definirá melhor.
- Por ter nascido antes do primeiro raio de sol e por ter iluminado o mundo no seu primeiro olhar, vamos chamá-lo Najm Sabah (Estrela da Manhã).
A essa altura eu já estava entendendo bem a nova língua (nós dragões nascemos com habilidade lingüística) e acompanhei entre interessada e divertida as observações a meu respeito. Queria dizer a eles que já tinha um nome, porém tudo que saía de minha garganta era um ruído estridente que cortava o ar da manhã como uma faca afiada. Não sei como nem por que mas, de alguma maneira, eu já sabia meu nome e também sabia que não era “ele” e sim “ela”. Meu nome era Ianthe Frey. Podia não ser um nome tão bonito como Najm Sabah, mas era parte integrante daquilo que eu era. De certa forma Ianthe Frey me definia. Como? Confesso que até hoje não sei.
Esse foi meu primeiro contato com aquela que seria minha a família inicial no mundo dos humanos. Cresci brincando com crianças, como Leila e Ahmir, de diversas gerações da minha tribo de humanos. Rapidamente cheguei a um tamanho que não mais cabia dentro das Cans (tendas) e fui obrigada a dormir ao relento ou enterrada em buracos que fazia nas areias do deserto. Adorava meus “humanos” e eles me amavam. Viajamos em caravanas por entre as dunas do deserto procurando a melhor negociação ou, em ocasiões menos favoráveis, atacando outras caravanas de mercadores incautos. Os homens de minha tribo eram guerreiros ferozes e eficientes. Os meninos, ao atingirem a idade da puberdade, passavam pelo rito da maturidade quando então eram autorizados a usar o Alasho, um véu de cor azul que lhes cobria todo o rosto, excluindo os olhos e o topo do nariz. Me lembro bem de quando chegou a vez de Ahmir. Ele ficou impossível depois de assumir o véu e vivia a nos infernizar, a Leila e a mim, dando ordens e bancando o adulto. Eu já era muito maior do que ele, aliás, muito maior do que o maior adulto da tribo, podendo ter mostrado ao abusado quem realmente era o chefe. Mas eu amava aquelas crianças e afinal, tudo não passava de brincadeira.
Assim os anos se passaram, as décadas e o primeiro século. Meu coração se despedaçava a cada adeus dado a um ente querido que partia para o mundo daqueles que não mais vivem entre nós. Até que os pesadelos começaram... Imagens grandiosas e horríveis passaram a povoar meus sonhos em minhas noites de descanso. Eram cenas de lutas, guerras, carnificina, onde outros dragões, de diversas espécies, travavam uma batalha interminável de vida e morte. Quando a noite chegava e era hora de me recolher, um calafrio percorria meu corpo antecipando o que iria ver durante o sono. Cheguei a ficar insone, durante dias, até não mais agüentar e me render ao abraço do Mago dos Sonhos que me levava através de paisagens devastadas e batalhas sem verdadeiros vencedores. Por que motivo estava eu sonhando aquilo? De onde surgiram aqueles dragões imensos, ferozes, com os corpos cobertos de escamas coloridas e diversas? Como poderia eu sonhar com algo que jamais havia visto antes? Eu sempre pensei ser a única sobrevivente da minha espécie.
Durante meses que se tornaram anos carreguei dentro de mim esse segredo que toda noite me assombrava em meu sono. Com o passar do tempo me tornei solitária e arredia. Fiquei irritadiça e sarcástica. Era como se a violência de cenas não vividas se infiltrassem em minha mente e criasse raízes dentro de mim. Como era de se esperar, a tribo notou a mudança que pouco a pouco tomava conta de minha personalidade. Preocupados tentavam extrair alguma informação de mim, sem muito sucesso. Assim permaneci por muito tempo até que um dia, durante uma das incursões de nossos guerreiros, ao atacar um outro grupo armado, uma ferocidade que não sabia que tinha tomou conta de mim. Paralisei e dilacerei corpos num frenesi interminável que só teve fim quando me dei conta que estava matando homens de minha própria tribo. Os guerreiros que se salvaram não podiam acreditar no que estavam vendo. Parados, paralisados pelo medo e pelo espanto, me fitavam com expressões de horror e repugnância. Envergonhada, sem saber o que fazer, alcei vôo e fugi para longe esperando que as areias do tempo apagassem para sempre tão tenebroso acontecimento.
Não sei por quanto tempo vaguei sem rumo pelo deserto, me alimentando de pequenos animais e ocasionalmente parando em um oásis para matar minha sede. Às vezes via um acampamento ao longe e esperava anoitecer para me aproximar e escutar o contador de histórias enriquecer a imaginação de quem estava presente com mais um vislumbre do passado de sua tribo. Ah, como esses momentos doíam e aumentavam a saudade que teimava em transbordar de meu peito! Assim continuei, em minha cruzada solitária, procurando por algo que trouxesse significado à minha vida e explicasse os acontecimentos que tiveram como desfecho uma tragédia anunciada. Após alguns meses o desespero tomou conta de mim ao me dar conta de que minha vida ainda estava no seu começo e que teria muitos séculos de vida pela frente, séculos de solidão e tristeza. Parei de comer, parei de procurar, parei de querer viver. Conversava com os fantasmas daqueles que não mais habitavam esse mundo, procurava conforto nas memórias dos meus primeiros anos de vida. Lembrava de Leila e Ahmir, de quando jogávamos Iswa ou brincávamos de Melgha e que eu sempre perdia. Tente ser um dragão de 8 metros e achar um lugar para se esconder num acampamento do deserto (enterrar-se na areia não valia porque isso, as crianças não podiam fazer). Nesses momentos a dor diminuía e quase podia sentir de novo como era ser feliz. Caminhei a esmo até ficar tão fraca que tornou-se impossível levantar meu enorme corpo, minhas pernas já não tinham mais forças para me levar adiante. Prostrei-me na areia gelada da noite do deserto e aguardei a morte vir me buscar. Devo ter adormecido pois sonhei, ou penso ter sonhado, um sonho diferente. Não foi o pesadelo de sempre, não havia dragões ou batalhas, só havia luz, paz e o avô. O avô olhava para mim com sua bondade infinita e do alto de sua sabedoria me perguntou:
- Najm Sabah, por que sofres tanto? Por que deixastes de amar a vida e desejas tanto a morte?
- Avô? É você mesmo? Isso quer dizer que já estou morta? É essa a morada dos que não mais vivem?
- Não estás morta nem essa é a morada dos mortos. Vim ter contigo porque me chamastes.
- Chamei? Não me lembro de ter chamado. Mas também, ultimamente, não me lembro de muitas coisas...Ah avô como sinto falta dos meus humanos!
- Eu sei minha filha, eu sei. Senti teu sofrimento e tua angústia a cada passo da tua caminhada.
- Então já sabe o que eu fiz, o que me tornei. Tenho tanta vergonha, tanto remorso. Não sei como pude fazer aquilo. Eu amo os humanos! Como pude mata-los?
- Fizestes o que tinhas que fazer. Faz parte da tua natureza. Tu és da raça dos dragões, não dos humanos. Ao priva-la de tua origem te causamos um mal que só poderia ter terminado em tragédia.
- Tudo começou com os pesadelos que toda noite me acometiam. Cenas de batalhas ferozes e sangrentas, dragões lutando contra dragões, dilacerando as carnes uns dos outros. Pesadelos intermináveis e constantes.
- Não foram pesadelos, foram memórias. Memórias atávicas de teus pais e antepassados. No dia da tua concepção, toda a memória de tua mãe e teu pai foi registrada em teu cérebro. É essa característica que permite aos dragões já nascerem com uma sabedoria e conhecimento que levaria uma vida inteira para acumular. Por isso sabias o teu verdadeiro nome e aprendestes a nossa língua tão rapidamente. Por esse mesmo motivo é que ainda nos primeiros anos sabias sempre muito mais do que qualquer adulto, apesar de sempre teres o cuidado de não o demonstrar. É chegada a hora de abandonar o mundo dos humanos e encontrar os teus iguais.
- Quer dizer que realmente existem outros? Onde estão? Como faço para encontra-los? O que eu faço quando encontrar?
- Siga sempre para o Norte, procure nos cumes gelados. Não te preocupes, és dragão e por isso saberás exatamente como agir.
Acordei sobressaltada e olhei em volta, procurando pelo avô em meio às sombras do deserto. O que acabara de vivenciar, seria um sonho ou seria mais uma “memória”?
Não podia ser uma memória, meus pais não conheciam o avô. Ou será que conheciam?
Não, eu saberia se conhecessem. Então foi o avô que fez a viajem, da morada dos mortos até o mundo dos sonhos, para me ajudar a retomar o meu caminho. Seguir para o norte, seguir para o norte...tenho que me alimentar se quiser seguir para qualquer lugar.....
E assim começou minha grande viagem rumo ao reino dos dragões. Muitas aventuras me espreitavam pelo caminho. Terras estranhas com costumes diferentes, humanos de todos os tipos, tamanhos e cores. Cheguei a assumir a forma humana por diversas vezes e caminhei entre eles, sentindo o calor de seus corpos remetendo-me a um passado que parecia tão distante. Também vi e cacei animais, muitos animais pequenos e grandes, exóticos e insignificantes. E frio, muito frio...Quanto mais frio e cinzento ia ficando o tempo mais aumentava aquela sensação de familiaridade. Eu conhecia aqueles lugares, já tinha passado por eles apesar de nunca antes ter saído do meu amado deserto. Devia ser a tal da memória atávica da qual havia falado o avô. Em determinado momento da viagem comecei a ver outros dragões. Imensos, magníficos dragões de todos os tamanhos, cores e matizes. Era verdade, existiam outros como eu. No início tive medo e procurei me manter escondida pois lembrei-me das horríveis cenas de meus sonhos. De longe olhava aquelas criaturas poderosas em seus vôos graciosos, desafiando a gravidade com suas asas de envergadura descomunal. Enquanto olhava, imaginava...Como irão me receber? Será que algum membro da minha família ainda vive? Será que vão rir de mim porque sou pequena e tenho essa cor estranha? Ainda não vi nenhum dragão da mesma cor que a minha...Muitas semanas se passaram e quanto mais eu avançava mais alto tinha que voar e mais rarefeito se tornava o ar. A paisagem se cobriu de branco e as árvores perderam as folhagens. O número de dragões avistados também aumentou sendo que agora já havia alguns que eram menores. Nenhum tão pequeno quanto eu, mas, pelo menos, não eram tão espetaculares quanto os outros. Finalmente cheguei a um vale que se assemelhava a um povoado, não fosse pela população que o habitava. Seres estranhos que se transmutavam em lobos, outros que pareciam ser da família dos felinos, demônios assustadores nas mais variadas formas, magos com poderes fantásticos, anjos de luz e escuridão, mortos que ainda vivem...
Também havia humanos, porém esses humanos não agiam como os que eu conhecia. E é claro, havia dragões, muitos dragões. Por dias permaneci no topo da montanha que ladeava o vale, observando, esperando o melhor momento. Ainda não tinha avistado nenhum dragão como eu até que, respirando fundo e juntando toda coragem que pude encontrar, aguardei pela oportunidade em que a aldeia estava praticamente vazia e desci para explorar.
Para facilitar assumi a forma humanóide que me pareceu ser a mais usada pelos locais e caminhei alguns metros, até me deparar com uma construção singular. Olhei em volta e não vi ninguém, tomei coragem e subi a rampa. Estava eu a decidir-me se devia ou não bater e entrar quando, de repente, escutei uma voz que dizia:
- Oi. Saudações.
Meu corpo gelou e fiquei paralisada de medo. Será que me viram? Será que está falando comigo? Enquanto me decidia, se ia me virar para encarar meu interlocutor, escutei de novo:
- Oi, você, o que está fazendo?
Não podia mais fingir que não tinha ouvido, então, armada de meu melhor sorriso, me virei e disse:
- Saudações, estranho. Eu estou visitando a vila e preciso de um lugar para ficar.
O rapaz de aparência humana (digo aparência porque ali nem tudo era o que parecia) imediatamente me avisou:
- Você não vai querer entrar aí. Não é seguro.
Pensei..(E eu por um acaso perguntei a opinião dele?)...Mas não falei. Respondi:
- É mesmo? O que e quem é você?
- Meu nome é ergoproxy Balazic mas meus amigos me chamam de ergo. Sou um Dragão de Latão. Minha casa fica logo ali. Vem comigo.
Depois que ele disse a palavra dragão não escutei mais nada. Meu coração parecia que ia saltar pela boca e eu queria gritar e pular de alegria, mas me contive e saí correndo atrás dele, que já tinha saído em direção da casa tão logo havia me convidado. Andamos pouco tempo e paramos em frente a uma enorme construção de pedra que lembrava uma caverna, semelhante a tantas que haviam me abrigado pelo caminho, com uma pesada porta de madeira maciça. Ele abriu a porta com um gesto de mágica e entrou. A porta ficou aberta, esperando por mim que com receio perguntei:
- Eu posso entrar aqui?
Ao que ele respondeu:
- Pode, se for comigo ou outro residente do covil, senão você pode ser feita prisioneira ou até morta.
Uma vez lá dentro pude ver que o primeiro andar abrigava uma quantidade fabulosa de ouro e outras preciosidades. Fomos para o segundo andar, chamado de Caverna, onde ele finalmente me perguntou:
- E você, o que é ou o que deseja ser?
Achei muito estranha a pergunta e fiquei imaginando o que ele tinha querido dizer com aquilo. Estava distraída com meus pensamentos quando de repente vi em uma das paredes pinturas de diversos dragões, nas mais variadas cores a elementos. Perguntei se todos eram dragões que habitavam o covil e ele disse que sim. A fila de cima era dos dragões metálicos e a de baixo era dos dragões cromáticos. Quis saber qual dragão ele era e me respondeu que era de Latão. Sem pensar duas vezes eu falei:
- Eu também sou dragão.
Meu novo amigo, não parecendo nem um pouco surpreso com a minha revelação, apenas me perguntou:
- Mesmo? Que tipo de dragão?
Fiquei sem graça porque como é que eu ia dizer que não sabia qual era o meu tipo. Olhei de novo as pinturas, com mais calma, e achei uma que se parecia muito comigo. Mas as pinturas não tinham o nome escrito. Sem poder demorar mais com a minha resposta apontei na direção da pintura e disse:
- Eu sou desse tipo aí.
Ergo então abriu um largo sorriso e no minuto seguinte se transformou no maior e mais bonito dragão latão que eu havia visto. Ele era como eu, só que maior e mais imponente. Disse-me que era o único Dragão de Latão do covil e que adorava falar. Então eu também me transformei e falei:
- Então somos dois e olha, já vou avisando que, em matéria de falar, você vai ter uma séria concorrência.
Agora, quase um século após ter chegado ao meu destino ainda estou aprendendo como ser uma verdadeira “dragonesa”. A companhia dos da minha raça só me engrandece e mais ainda aquilo em que eles acreditam e exercitam em suas vidas diárias: DRAGÕES * FORÇA & HONRA
Ainda hoje olho pra trás e me encanto ao lembrar das imagens de intermináveis e vagarosas caravanas de camelos entre dunas de areia avermelhada, de fogosos esquadrões de cavalos montados por guerreiros com turbantes de um azul índigo inconfundível e de esbeltas figuras femininas com seus belos rostos emoldurados por longos cabelos finamente trançados.
Toda madrugada, antes do dia clarear, vou para fora, olho para a vastidão do céu e aguardo o despontar do primeiro raio de sol. Após horas de vigília, quando ele enfim aparece, faço uma reverência à Estrela da Manhã e ao “Povo Azul” presto homenagem. Agradeço por terem cuidado de mim quando não tinha ninguém e, principalmente, por terem permitido que eu vivesse para me tornar o que eu estava destinada a ser.
Escrito por Ianthe Frey, no Covil dos Dragões em Darkness Fall, aos nove dias do terceiro mês do ano da revelação.
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BG Arcanjohack Dragão metálico bronze
Nome do Dragão: Arcanjohack Allen
classe: Dragão metálico bronze
idade: 700 anos
Um amável dragão de bronze, seu passado? Um mistério. Arcanjohack tem devotado muito de sua vida a observar os Allen, uma nobre família humana. Ele confeccionou muitos espelhos mágicos e molduras em seus lares para servirem como constantes portais de observação através dos quais ele possa ver escutar e falar à vontade (permanecendo oculto a menos que deseje de outra forma). Estes portais entretêm Arcanjohack enquanto os Allen, vivem suas vidas sob seu olhar examinador. Ele revela-se para no mínimo um membro da família de cada geração, desse modo aconselhando o clã. Assim, ele se tornou uma lenda da família.
Mais do que uma vez ele secretamente arranjou casamentos para os Allen. Ele considera a família sob sua proteção, mas não cuida dos jovens membros rebeldes e não considera-se responsável pela sobrevivência e sucesso de indivíduos em particular. Se a família em algum momento encarar a extinção, ele irá raptar e esconder alguns membros para continuar a linhagem da família enquanto garanta certos assuntos em Águas Profundas para um eventual retorno.
Arcanjohack pode espionar todos os seus portais constantemente e ajustar sua magia para permitir que ele próprio, outra criatura ou itens viajem através deles em qualquer direção. Caprichoso, de boa natureza e curioso, Arcanjohack deseja aprender mais sobre a raça humana visto que ele os vê como a “grande força de desenvolvimento” destinada a governar ou influenciar todos em DarknessFall durante sua expectativa de vida.
Ele vê os dragões tal como os humanos: fontes potencialmente perigosas de entretenimento sobre a qual é prudente em descobrir tudo que puder. Arcanjohack tenta ocultar sua existência dos outros dragões tanto quanto possível, surgindo para se alimentar à noite, e quase nunca se aventurando fora de seu covil na forma de dragão.
Arcanjohack possui a necessidade constante descobrir mais sobre tudo. Ele gosta de supor o que há pela frente sobre políticas, comércio e tecnologia, achando isso tudo muito interessante. Ele não tem desejo de governar e não acha contentamento em enganar ou prender outras pessoas, preferindo observar em segundo plano, despercebido — e não sendo atacado.
Arcanjohack reside em uma rede de cavernas abarrotadas com itens estranhos de todos os tipos; ele é um incurável coletor de souvenires. Arcanjohack ignora o conceito de domínios, alegremente vagando pelo Norte (a Costa da Espada e suas ilhas longe da margem, em particular) sem prestar atenção em quais dragões habitam certos pontos. A única área que ele defende contra intrusos é seu próprio covil e em uma ilha despensa que ele estabilizou em um Arquipélago a muito perdido.
Arcanjohack é chamado pelo conselho de wyrms onde recebe seu titulo de membro do concill por ter se destacado como grande guerreiro e virtuoso conjurador de magias o Dragão Arcanjohack recebe finalmente sua missão de ir a uma terra distante e sombria chamada DarknessFall onde iria encontrar outros Dragões e lutar junto com eles pelo equilibrio dos elementos , travando uma grande e interminavel batalha com criaturas de várias espécies.
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BG Ordep Dawes Dragão metálico de Bronze
Autor: Ordep Dawes
Nome do dragão: Ordep Dawes
Raça: Dragão metálico de Bronze
Idade: 250 anos
Elemento Regente : Água
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Em uma aldeia de dragões de Bronze no Japão, onde jamais um ser humano foi capaz de chegar perto, nasce o dragão mais puro do vilarejo batizado com o nome de Ordep Dawes, mesmo não sendo rico, muitos o admiravam e até o invejavam.
Ordep é gentil e muito curioso, tinha uma facilidade incrível de se transformar em outras espécies, até mesmo os outros dragões de bronze ficavam impressionados com tamanha facilidade de transformação, ele por ser pobre trabalhava em uma criação de tubarões que ficava uns 6 quilômetros de sua aldeia, quando ele terminava de arrumar as coisas , ficava mais umas 3 horas treinando, com o sonho de tornar-se um grande, forte e sábio dragão.
Num belo por do sol apos ter treinado um pouco Ordep vai para terra firme, transformado em humano deita-se embaixo de uma jabuticabeira, então começou a ficar sonolento até que dormiu num sono profundo, quando acordou percebeu que tinha dormido muito e ficou com medo de levar uma bronca de seu pai, então resolveu andar e depois nadar calmamente até que viu muita agitação na água vindo de sua aldeia, com medo do que tinha acontecido, foi nadando o mais rápido possível para a sua aldeia.
Quando Ordep chegou à aldeia viu muitos dragões mortos, alguns estavam ate esquartejados e jogados no chão, demorou um tempo e ele caiu em si, e percebeu que todos estavam mortos, então foi correndo para sua casa e viu seus pais e irmãos mortos, desesperado viu vários vultos, então foi correndo atrás, mas já era tarde, foram embora rápido de mais.
Ordep resolveu enterrar todos os dragões da sua aldeia perto da jabuticabeira onde tinha adormecido um tempo antes do acontecido, demorou um pouco, mas finalmente conseguiu, apos ele rezar muito pelas almas dos dragões mortos, resolveu partir atrás de pistas deixado pelos assassinos.
Depois de passar por varias aldeias, ilhas, etc. ele acabou encontrando um conselho de grandes e sábios dragões que ouviram sua historia e decidiram o mandar para *LU*, então ele chegou em *LU* onde encontrou o grupo de dragões dito pele conselho, sempre com o pensamento de ficar mais forte e conseguir sua vingança, mesmo não sabendo quem são esses malfeitores.
Ordep insatisfeito com a demora de descobrir pistas sobre o paradeiro dos malfeitores, que destruíram sua aldeia, resolveu deixar este grupo e procurar sozinho, mas tudo foi em vão, ele percebeu que sozinho ele não estava conseguindo ficar mais forte e nem descobrir pistas, então procurou o conselho de dragões, que o mandou para o mesmo grupo só que agora em um novo endereço, estavam em **DARKNESSFALL**.
Este dragão agora só tem uma coisa em mente, ficar cada vez mais forte, para então tentar descobrir quem foram esses malfeitores e dar um grande rugido de vingança.
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