domingo, 3 de maio de 2009

BG Ianthe Frey Dragão Metálico Latão



Nome do Dragão: Ianthe Frey
Classe: Metálico Latão
Idade: 202 anos
Altura: 1,80 metros (forma humana), 2,20 metros (forma dracônica humanoide), 15 metros (forma dracônica mística).

Najm Sabah (Estrela da Manhã)

Aconteceu há muito tempo atrás, nas montanhas de Ahaggar, muito antes da grande rainha guerreira Tin-Hinan unificar o povo Berbere sob um único reinado e os Kel Ahaggar em uma confederação. Foi no tempo em que o mundo não era formado por fronteiras invisíveis e as areias do deserto eram o lar dos valorosos guerreiros nômades do Povo Azul.

Tudo que havia era escuridão e uma sensação de opressão sufocante comprimindo meu corpo e cortando minha respiração. Ouvi sons abafados ao longe sugerindo que havia outros por perto e isso me deu ânimo para tentar me livrar daquilo que me mantinha presa, quase imobilizada. Tentando abrir meu caminho para a liberdade, finalmente consigo abrir uma rachadura naquela parede que não parecia ter início ou fim. Escutei sons mais claros, mais definidos. Assustada, parei minha luta por um momento e apurei meus ouvidos, tentando entender aquela língua que me era estranha...

- Ahmir! Ahmir! Acorda, acorda Ahmir.
- O que....shhh Leila, você vai acordar todo o acampamento. O que está acontecendo?
- O ovo está se mexendo....acho que chegou a hora. Corre, vai chamar o avô!
- Mexendo? Deixa eu ver, traz a tocha para iluminar melhor. Está sim, tem uma rachadura, não, são 3 , 4.....vou chamar o avô..

E foi assim que, ao abrir meu caminho para a liberdade, minha primeira visão do mundo foram dois pares de olhos curiosos e espantados. Ainda estava escuro mas, quando pisquei meus olhos, fixando as imagens que estavam à minha frente, eles iluminaram os rostos que eu reconheceria todos os dias do início de minha jornada.
Lá estavam eles, Leila e Ahmir, ansiosos e mal contendo sua alegria. Havia um misto de surpresa e desapontamento nas duas crianças e, dentro de minha própria confusão, não notei o ancião que, ao lado, me olhava com uma benevolência própria daqueles que já viveram muito.
As crianças não paravam de falar...
- Avô, avô, os olhos, os olhos têm luz da cor do céu!
- Avô, achei que você tinha dito que era um ovo de dragão...ele é tão pequeno...não se parece nada com um dragão. E a cor, que cor é essa?

O avô, distraído pelas observações das crianças, pegou-as pelas mãos e explicou:
- Leila, os olhos emitem luz porque essa é uma das características dos dragões, eles têm uma excelente visão noturna devido a sua capacidade de iluminar aquilo que precisam ver. Quanto aos olhos cor do céu, humm....não sei. Nunca havia visto ou ouvido falar de dragões com olhos cor-de-céu.
- Ahmir, se você tivesse que ser gerado e nascer em condições anormais também seria um menino mirrado e desengonçado. Quanto à cor, também nunca vi nada igual mas vamos esperar pois com o tempo ela se definirá melhor.
- Por ter nascido antes do primeiro raio de sol e por ter iluminado o mundo no seu primeiro olhar, vamos chamá-lo Najm Sabah (Estrela da Manhã).

A essa altura eu já estava entendendo bem a nova língua (nós dragões nascemos com habilidade lingüística) e acompanhei entre interessada e divertida as observações a meu respeito. Queria dizer a eles que já tinha um nome, porém tudo que saía de minha garganta era um ruído estridente que cortava o ar da manhã como uma faca afiada. Não sei como nem por que mas, de alguma maneira, eu já sabia meu nome e também sabia que não era “ele” e sim “ela”. Meu nome era Ianthe Frey. Podia não ser um nome tão bonito como Najm Sabah, mas era parte integrante daquilo que eu era. De certa forma Ianthe Frey me definia. Como? Confesso que até hoje não sei.

Esse foi meu primeiro contato com aquela que seria minha a família inicial no mundo dos humanos. Cresci brincando com crianças, como Leila e Ahmir, de diversas gerações da minha tribo de humanos. Rapidamente cheguei a um tamanho que não mais cabia dentro das Cans (tendas) e fui obrigada a dormir ao relento ou enterrada em buracos que fazia nas areias do deserto. Adorava meus “humanos” e eles me amavam. Viajamos em caravanas por entre as dunas do deserto procurando a melhor negociação ou, em ocasiões menos favoráveis, atacando outras caravanas de mercadores incautos. Os homens de minha tribo eram guerreiros ferozes e eficientes. Os meninos, ao atingirem a idade da puberdade, passavam pelo rito da maturidade quando então eram autorizados a usar o Alasho, um véu de cor azul que lhes cobria todo o rosto, excluindo os olhos e o topo do nariz. Me lembro bem de quando chegou a vez de Ahmir. Ele ficou impossível depois de assumir o véu e vivia a nos infernizar, a Leila e a mim, dando ordens e bancando o adulto. Eu já era muito maior do que ele, aliás, muito maior do que o maior adulto da tribo, podendo ter mostrado ao abusado quem realmente era o chefe. Mas eu amava aquelas crianças e afinal, tudo não passava de brincadeira.

Assim os anos se passaram, as décadas e o primeiro século. Meu coração se despedaçava a cada adeus dado a um ente querido que partia para o mundo daqueles que não mais vivem entre nós. Até que os pesadelos começaram... Imagens grandiosas e horríveis passaram a povoar meus sonhos em minhas noites de descanso. Eram cenas de lutas, guerras, carnificina, onde outros dragões, de diversas espécies, travavam uma batalha interminável de vida e morte. Quando a noite chegava e era hora de me recolher, um calafrio percorria meu corpo antecipando o que iria ver durante o sono. Cheguei a ficar insone, durante dias, até não mais agüentar e me render ao abraço do Mago dos Sonhos que me levava através de paisagens devastadas e batalhas sem verdadeiros vencedores. Por que motivo estava eu sonhando aquilo? De onde surgiram aqueles dragões imensos, ferozes, com os corpos cobertos de escamas coloridas e diversas? Como poderia eu sonhar com algo que jamais havia visto antes? Eu sempre pensei ser a única sobrevivente da minha espécie.

Durante meses que se tornaram anos carreguei dentro de mim esse segredo que toda noite me assombrava em meu sono. Com o passar do tempo me tornei solitária e arredia. Fiquei irritadiça e sarcástica. Era como se a violência de cenas não vividas se infiltrassem em minha mente e criasse raízes dentro de mim. Como era de se esperar, a tribo notou a mudança que pouco a pouco tomava conta de minha personalidade. Preocupados tentavam extrair alguma informação de mim, sem muito sucesso. Assim permaneci por muito tempo até que um dia, durante uma das incursões de nossos guerreiros, ao atacar um outro grupo armado, uma ferocidade que não sabia que tinha tomou conta de mim. Paralisei e dilacerei corpos num frenesi interminável que só teve fim quando me dei conta que estava matando homens de minha própria tribo. Os guerreiros que se salvaram não podiam acreditar no que estavam vendo. Parados, paralisados pelo medo e pelo espanto, me fitavam com expressões de horror e repugnância. Envergonhada, sem saber o que fazer, alcei vôo e fugi para longe esperando que as areias do tempo apagassem para sempre tão tenebroso acontecimento.

Não sei por quanto tempo vaguei sem rumo pelo deserto, me alimentando de pequenos animais e ocasionalmente parando em um oásis para matar minha sede. Às vezes via um acampamento ao longe e esperava anoitecer para me aproximar e escutar o contador de histórias enriquecer a imaginação de quem estava presente com mais um vislumbre do passado de sua tribo. Ah, como esses momentos doíam e aumentavam a saudade que teimava em transbordar de meu peito! Assim continuei, em minha cruzada solitária, procurando por algo que trouxesse significado à minha vida e explicasse os acontecimentos que tiveram como desfecho uma tragédia anunciada. Após alguns meses o desespero tomou conta de mim ao me dar conta de que minha vida ainda estava no seu começo e que teria muitos séculos de vida pela frente, séculos de solidão e tristeza. Parei de comer, parei de procurar, parei de querer viver. Conversava com os fantasmas daqueles que não mais habitavam esse mundo, procurava conforto nas memórias dos meus primeiros anos de vida. Lembrava de Leila e Ahmir, de quando jogávamos Iswa ou brincávamos de Melgha e que eu sempre perdia. Tente ser um dragão de 8 metros e achar um lugar para se esconder num acampamento do deserto (enterrar-se na areia não valia porque isso, as crianças não podiam fazer). Nesses momentos a dor diminuía e quase podia sentir de novo como era ser feliz. Caminhei a esmo até ficar tão fraca que tornou-se impossível levantar meu enorme corpo, minhas pernas já não tinham mais forças para me levar adiante. Prostrei-me na areia gelada da noite do deserto e aguardei a morte vir me buscar. Devo ter adormecido pois sonhei, ou penso ter sonhado, um sonho diferente. Não foi o pesadelo de sempre, não havia dragões ou batalhas, só havia luz, paz e o avô. O avô olhava para mim com sua bondade infinita e do alto de sua sabedoria me perguntou:
- Najm Sabah, por que sofres tanto? Por que deixastes de amar a vida e desejas tanto a morte?
- Avô? É você mesmo? Isso quer dizer que já estou morta? É essa a morada dos que não mais vivem?
- Não estás morta nem essa é a morada dos mortos. Vim ter contigo porque me chamastes.
- Chamei? Não me lembro de ter chamado. Mas também, ultimamente, não me lembro de muitas coisas...Ah avô como sinto falta dos meus humanos!
- Eu sei minha filha, eu sei. Senti teu sofrimento e tua angústia a cada passo da tua caminhada.
- Então já sabe o que eu fiz, o que me tornei. Tenho tanta vergonha, tanto remorso. Não sei como pude fazer aquilo. Eu amo os humanos! Como pude mata-los?
- Fizestes o que tinhas que fazer. Faz parte da tua natureza. Tu és da raça dos dragões, não dos humanos. Ao priva-la de tua origem te causamos um mal que só poderia ter terminado em tragédia.
- Tudo começou com os pesadelos que toda noite me acometiam. Cenas de batalhas ferozes e sangrentas, dragões lutando contra dragões, dilacerando as carnes uns dos outros. Pesadelos intermináveis e constantes.
- Não foram pesadelos, foram memórias. Memórias atávicas de teus pais e antepassados. No dia da tua concepção, toda a memória de tua mãe e teu pai foi registrada em teu cérebro. É essa característica que permite aos dragões já nascerem com uma sabedoria e conhecimento que levaria uma vida inteira para acumular. Por isso sabias o teu verdadeiro nome e aprendestes a nossa língua tão rapidamente. Por esse mesmo motivo é que ainda nos primeiros anos sabias sempre muito mais do que qualquer adulto, apesar de sempre teres o cuidado de não o demonstrar. É chegada a hora de abandonar o mundo dos humanos e encontrar os teus iguais.
- Quer dizer que realmente existem outros? Onde estão? Como faço para encontra-los? O que eu faço quando encontrar?
- Siga sempre para o Norte, procure nos cumes gelados. Não te preocupes, és dragão e por isso saberás exatamente como agir.

Acordei sobressaltada e olhei em volta, procurando pelo avô em meio às sombras do deserto. O que acabara de vivenciar, seria um sonho ou seria mais uma “memória”?
Não podia ser uma memória, meus pais não conheciam o avô. Ou será que conheciam?
Não, eu saberia se conhecessem. Então foi o avô que fez a viajem, da morada dos mortos até o mundo dos sonhos, para me ajudar a retomar o meu caminho. Seguir para o norte, seguir para o norte...tenho que me alimentar se quiser seguir para qualquer lugar.....

E assim começou minha grande viagem rumo ao reino dos dragões. Muitas aventuras me espreitavam pelo caminho. Terras estranhas com costumes diferentes, humanos de todos os tipos, tamanhos e cores. Cheguei a assumir a forma humana por diversas vezes e caminhei entre eles, sentindo o calor de seus corpos remetendo-me a um passado que parecia tão distante. Também vi e cacei animais, muitos animais pequenos e grandes, exóticos e insignificantes. E frio, muito frio...Quanto mais frio e cinzento ia ficando o tempo mais aumentava aquela sensação de familiaridade. Eu conhecia aqueles lugares, já tinha passado por eles apesar de nunca antes ter saído do meu amado deserto. Devia ser a tal da memória atávica da qual havia falado o avô. Em determinado momento da viagem comecei a ver outros dragões. Imensos, magníficos dragões de todos os tamanhos, cores e matizes. Era verdade, existiam outros como eu. No início tive medo e procurei me manter escondida pois lembrei-me das horríveis cenas de meus sonhos. De longe olhava aquelas criaturas poderosas em seus vôos graciosos, desafiando a gravidade com suas asas de envergadura descomunal. Enquanto olhava, imaginava...Como irão me receber? Será que algum membro da minha família ainda vive? Será que vão rir de mim porque sou pequena e tenho essa cor estranha? Ainda não vi nenhum dragão da mesma cor que a minha...Muitas semanas se passaram e quanto mais eu avançava mais alto tinha que voar e mais rarefeito se tornava o ar. A paisagem se cobriu de branco e as árvores perderam as folhagens. O número de dragões avistados também aumentou sendo que agora já havia alguns que eram menores. Nenhum tão pequeno quanto eu, mas, pelo menos, não eram tão espetaculares quanto os outros. Finalmente cheguei a um vale que se assemelhava a um povoado, não fosse pela população que o habitava. Seres estranhos que se transmutavam em lobos, outros que pareciam ser da família dos felinos, demônios assustadores nas mais variadas formas, magos com poderes fantásticos, anjos de luz e escuridão, mortos que ainda vivem...
Também havia humanos, porém esses humanos não agiam como os que eu conhecia. E é claro, havia dragões, muitos dragões. Por dias permaneci no topo da montanha que ladeava o vale, observando, esperando o melhor momento. Ainda não tinha avistado nenhum dragão como eu até que, respirando fundo e juntando toda coragem que pude encontrar, aguardei pela oportunidade em que a aldeia estava praticamente vazia e desci para explorar.
Para facilitar assumi a forma humanóide que me pareceu ser a mais usada pelos locais e caminhei alguns metros, até me deparar com uma construção singular. Olhei em volta e não vi ninguém, tomei coragem e subi a rampa. Estava eu a decidir-me se devia ou não bater e entrar quando, de repente, escutei uma voz que dizia:
- Oi. Saudações.
Meu corpo gelou e fiquei paralisada de medo. Será que me viram? Será que está falando comigo? Enquanto me decidia, se ia me virar para encarar meu interlocutor, escutei de novo:
- Oi, você, o que está fazendo?
Não podia mais fingir que não tinha ouvido, então, armada de meu melhor sorriso, me virei e disse:
- Saudações, estranho. Eu estou visitando a vila e preciso de um lugar para ficar.
O rapaz de aparência humana (digo aparência porque ali nem tudo era o que parecia) imediatamente me avisou:
- Você não vai querer entrar aí. Não é seguro.
Pensei..(E eu por um acaso perguntei a opinião dele?)...Mas não falei. Respondi:
- É mesmo? O que e quem é você?
- Meu nome é ergoproxy Balazic mas meus amigos me chamam de ergo. Sou um Dragão de Latão. Minha casa fica logo ali. Vem comigo.

Depois que ele disse a palavra dragão não escutei mais nada. Meu coração parecia que ia saltar pela boca e eu queria gritar e pular de alegria, mas me contive e saí correndo atrás dele, que já tinha saído em direção da casa tão logo havia me convidado. Andamos pouco tempo e paramos em frente a uma enorme construção de pedra que lembrava uma caverna, semelhante a tantas que haviam me abrigado pelo caminho, com uma pesada porta de madeira maciça. Ele abriu a porta com um gesto de mágica e entrou. A porta ficou aberta, esperando por mim que com receio perguntei:
- Eu posso entrar aqui?
Ao que ele respondeu:
- Pode, se for comigo ou outro residente do covil, senão você pode ser feita prisioneira ou até morta.
Uma vez lá dentro pude ver que o primeiro andar abrigava uma quantidade fabulosa de ouro e outras preciosidades. Fomos para o segundo andar, chamado de Caverna, onde ele finalmente me perguntou:
- E você, o que é ou o que deseja ser?
Achei muito estranha a pergunta e fiquei imaginando o que ele tinha querido dizer com aquilo. Estava distraída com meus pensamentos quando de repente vi em uma das paredes pinturas de diversos dragões, nas mais variadas cores a elementos. Perguntei se todos eram dragões que habitavam o covil e ele disse que sim. A fila de cima era dos dragões metálicos e a de baixo era dos dragões cromáticos. Quis saber qual dragão ele era e me respondeu que era de Latão. Sem pensar duas vezes eu falei:
- Eu também sou dragão.
Meu novo amigo, não parecendo nem um pouco surpreso com a minha revelação, apenas me perguntou:
- Mesmo? Que tipo de dragão?
Fiquei sem graça porque como é que eu ia dizer que não sabia qual era o meu tipo. Olhei de novo as pinturas, com mais calma, e achei uma que se parecia muito comigo. Mas as pinturas não tinham o nome escrito. Sem poder demorar mais com a minha resposta apontei na direção da pintura e disse:
- Eu sou desse tipo aí.
Ergo então abriu um largo sorriso e no minuto seguinte se transformou no maior e mais bonito dragão latão que eu havia visto. Ele era como eu, só que maior e mais imponente. Disse-me que era o único Dragão de Latão do covil e que adorava falar. Então eu também me transformei e falei:
- Então somos dois e olha, já vou avisando que, em matéria de falar, você vai ter uma séria concorrência.

Agora, quase um século após ter chegado ao meu destino ainda estou aprendendo como ser uma verdadeira “dragonesa”. A companhia dos da minha raça só me engrandece e mais ainda aquilo em que eles acreditam e exercitam em suas vidas diárias: DRAGÕES * FORÇA & HONRA

Ainda hoje olho pra trás e me encanto ao lembrar das imagens de intermináveis e vagarosas caravanas de camelos entre dunas de areia avermelhada, de fogosos esquadrões de cavalos montados por guerreiros com turbantes de um azul índigo inconfundível e de esbeltas figuras femininas com seus belos rostos emoldurados por longos cabelos finamente trançados.

Toda madrugada, antes do dia clarear, vou para fora, olho para a vastidão do céu e aguardo o despontar do primeiro raio de sol. Após horas de vigília, quando ele enfim aparece, faço uma reverência à Estrela da Manhã e ao “Povo Azul” presto homenagem. Agradeço por terem cuidado de mim quando não tinha ninguém e, principalmente, por terem permitido que eu vivesse para me tornar o que eu estava destinada a ser.


Escrito por Ianthe Frey, no Covil dos Dragões em Darkness Fall, aos nove dias do terceiro mês do ano da revelação.

0 comentários:


clan dos dragões © 2014. council of dragons Sponsored by: hedezapatero