segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O anel de Luvithy - Magos – " O livro de fogo"

Magos (continuação parte 3)
(os Magos – " O livro de fogo")



Ankhmaath Darkstone estava na biblioteca, pensativo, lhe vem a mente a visão de Yin Mei, sua filha adotiva se despedindo e partindo por entre o portal de Darknessfall, como ele amava aquela criança... ele a criou até ela se tornar uma bela mulher, ou melhor, uma bela dragonesa... por um momento ele olha o presente que dela recebera, o anel da forma dracônica, que segundo os registros dão ao seu portador o poder de se metamorfosear em um dragão jovem todos os dias por uma hora, que loucura... e por causa dessa visita agora todos os magos já sabem que ela, na realidade, é uma dragonessa. *melhor assim* pensa ele. *Não gosto de esconder a verdade*. E então retoma seus estudos prestando atenção aos antigos registros da biblioteca comparando com uns pergaminhos velhos que trouxera consigo em sua bagagem.
O clima de concentração se quebra com a doce voz de Aradya, a maga barda da Ordem de Hermes:
- Ankhmaath, o Alto conselho está te chamando na sala de magias.

O mago akáshico agradece e calmamente se dirige para a sala de magias onde está reunido o alto Conselho de Azgha, ao abrir as portas percebe que todos estão ao redor de Arkano Índigo, membro do alto conselho que estava até pouco tempo inconsciente após um estranho transe de estase. Marco olha para Ankh e pede que se aproxime de todos com um sinal de sua mão, em seguida Brux1nha lhe diz:
- Saudações irmão de akasha, temos um pequeno problema e achamos que você pode nos ajudar.

A mestra dos magos explica o que aconteceu com Arkano e que agora ele passava por um lapso amnésico, então eles lembraram que alguns membros da irmandade de akasha podiam ler mentes, trazer lembranças do passado, manipulando a mente das pessoas.
- Você consegue fazer isso irmão? Pergunta Marco. Fazer com que Arkano se lembre do que viu naquela noite?

- Sim, senhores do alto conselho, embora eu prefira fazer uso disso contra nossos inimigos... eu também posso ajudar Arkano relembrar... e também vocês. Fala Ankh deixando-os curiosos. – Existe uma técnica onde, uma vez que a memória esteja desbloqueada, eu posso vê-la como se estivesse assistindo ao projetar a mente do Arkano ao nosso redor.

- Isso seria maravilhoso! Incrível mesmo. Podemos tentar Arkano? Pergunta Brux1nha.

- Isso pode doer um pouco para o Arkano. Esclarece Ankh para todos.

- Minha cabeça está mesmo parecendo uma peneira, então não se preocupe... Diz Arkano respirando fundo.

Ankh se posiciona atrás do mago Arkano e levemente pressiona as pontas dos dedos contra cabeça do mago hermético, em seguida pede que todos fiquem ao seu redor e que cada um pouse a mão sobre o ombro do outro, formando uma corrente, lembrando que aquele que desfizer a corrente ficaria de fora da visão e perderia contato. O mago akáshico respira profundamente por três vezes e apertando seus olhos anubianos esbranquiçados fala assumindo uma estranha voz metálica que preenche a sala como o soar de um sino:
- Abra sua mente... não ofereça resistência... apenas lembre-se... deixe o fluxo da mente escoar como um rio sem barreiras... sua mente é minha mente...

Arkano nesse momento estremece seu corpo e fica totalmente paralisado, seus olhos enegressem e ficam estáticos, das costas de Ankh começa a sair ectoplasma nebuloso que lentamente envolve todos na sala. Enquanto isso o mago akáshico continua a falar com sua voz cada vez ressoante e metálica:
- Lembre-se... Nós somos a mesma mente... você tem que lembraaaaaarrrrr...

O ectoplasma toma forma e da cabeça de Arkano projetasse uma luminosidade estranha em todas as direções em forma de flashes rápidos e sem nexo, de repente todos estão ao lado da fogueira a muitos dias atrás junto com Marco e o mago ancião, Marco acha estranho ter que olhar para ele mesmo como num espelho, vêm quando Arkano aparece e se senta, escutando os dois falando sobre o que está acontecendo. Daghata pergunta se eles poderiam nos ouvir se falássemos com eles, Ankh explica que isso é apenas uma projeção do passado baseada na percepção do mago Arkano e que na realidade eles não estão presentes. Todos percebem quando Arkano começa a entrar em transe, então Ankh pede que todos fiquem em silêncio porque agora iam entrar dentro da visão do mago Arkano, o ectoplasma muda novamente de forma e tudo escurece naquele momento...


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(A visão de Arkano)
(Magos – " O livro de fogo" )



A escuridão tinha tomado conta de tudo em volta. O cheiro de enxofre no ar recendia por todo ambiente. Arkano, o mago hermético andava pelos vales de Endor. Era uma dimensão que existe depois da película que separa os mundos, povoada por seres de um poder inigualável, conhecidos como Devas do fogo, os senhores do karma.

Tinha saído em um missão de busca de um antigo grimório sagrado, também conhecido como “ O Livro de Fogo”. Atravessar a película não tinha sido muito difícil, como mago hermético, tinha se acostumado a viajar por dimensões além do alcance de magos comuns, mas por algum motivo sentia-se apreensivo, Endor não era um lugar comum...

“ Sinto o peso da quintessência inversa neste lugar, uma energia sinistra até para mim..” pensou enquanto passava por uma ponte dourada, que atravessa um lago de fogo azul. “ O livro de fogo deve esta perto, segundo o papiro da ordem, fica logo após esta ponte”..

O tamanho da ponte era impressionante. Devido à densidade da dimensão, não podia voar como sempre fazia depois de atravessar a película. Precisava andar como se arrastasse correntes, em uma gravidade muito forte... Quando no meio da ponte, eis que surge um ser dourado, como olhos de fogo, trazendo com sigo um livro com chamas azuis. Em um movimento rápido, colocou-se bloqueando a passagem, e disse em na língua universal do Fogo, na qual o mago era versado por anos de estudo:

-“ Hora, vejam só quem veio pra refeição!! Um mago andarilho, da dimensão dos humanos... Procura por algo ou veio como dádiva dos Deuses para saciar minha fome de quintessência mágica, viajante? “ Sua voz, saia como trovões na ponte de Endor, o que deixou o mago com olhar apreensivo para a figura que sabia ser um Deva do fogo.

-“ Venho atrás de uma relíquia sagrada, Deva. Um livro que por milênios está perdido da humanidade, e foi roubado por um ser de inferno e que escondeu aqui em Endor. Vejo que é este mesmo livro que carrega na mão, se é que tem outro nome esta garra que carrega unida ao seu braço. Dê-me agora, em nome do Pentagrama sagrado e da estrela áurea!!! “ Disse, apontando seu cajado em direção ao Deva, que agora emitia uma luz azul néon, cintilando como uma estrela fátua.

-“HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAA....” A risada do deva ecoou como cacos de vidros em chamas pela ponte. “ Queres que entregue o livro que porto para um mago, por simples medo de seu cajadinho azul? POR QUEM ME TOMAS MORTAL? Antes da humanidade sair de seu berço, eu cavalgava cometas e me banhava em sóis!!! DEVO AGORA TREMER E SOLUÇAR DIANTE DE UMA MAGO COM PEDAÇO DE MADEIRA BRILHANTE NAS MÃOS?”

Os olhos dos magos emitiram um brilho incandescente, quando baixinho começou a recitar uma oração mágica em latim: “caput mortum imperat tibi dominus per vivum et devotum serpentem. querub imperat tibi dominus per adam jot-chavah. aquila errans imperat tibi dominus per alas tauris. serpens imperat tibi dominus tetragramaton per angelum et leonem. micael, gabriel, rafael, anael. fluat udor per spiritum elohim. maneat terra per adam jot-chavah”

Ouviu-se uma explosão surda e uma bola de fogo azul saiu do cajado do mago,atingindo o deva no peito, que tombou de costas na ponte, sem brilho e sem vida. Devagar, o mago andou até o corpo do que antes era um poderoso Deva, e abrindo as garras uma a uma, pegou o livro sagrado com o sorriso maroto na face, e disse a si mesmo:
“"Nunca duvide de um mago velho com cajado de madeira....”


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(Fim da visão e de volta a sala de magia da torre dos magos)

Novamente a sala escurece, um imenso clarão de fogo se faz presente no centro da sala, em segundos as chamas se vão e as luzes se restauram. O ectoplasma se recolhe rapidamente para dentro de Ankh, as pontas dos seus dedos sangram, Arkano está ajoelhado, trêmulo, com o corpo todo chamuscado e encoberto por fumaça, ele se levanta ofegante com suas lembranças restauradas e em suas mãos está o Livro de Fogo.
- Quais serão os segredos que estarão guardados nesse Grimoire? Pensa em voz alta Daghata.

- Muitas magias antigas e poderosas. Responde Ankh enquanto cura os seus ferimentos. – Minha tradição fala sobre as magias desse maravilhoso e lendário livro.

- Os registros da Torre de Azgha também falam sobre ele. Diz Brux1nha, que começa a explicar como é poderoso esse livro e muitas das magias que nele se encontram, entre elas, a ressurreição de aliados mortos, humanos e não humanos. Relata também como foi roubado por um habitante de inferno e escondido em Endor, alguns dizem que ele foi escrito por um lendário mago muito poderoso chamado Karsus que viveu a muitos e muitos milênios em um reino lendário chamado Netheril.

Os bailes que ocorreram nos últimos dias demonstraram claramente que o anel tão procurado estavam em poder dos undeads e que não era o único utensílio mágico que ameaçava a paz em Darkness Falls, protegidos pela magia de Azgha, havia magos infiltrados nas festas que passaram totalmente desapercebidos, podendo trazer informações cruciais para as providências que deviam ser tomadas a partir daquele momento. Marcos olhando fixamente para Brux1nha fala:
- Essa magia poderia trazer de volta o dragão branco que foi morto no último baile, no castelo dos undeads.

- Sim. Diz Brux1nha. Mas a invocação da Fênix somente o manteria vivo por um tempo limitado...

Arkano que até agora estava calado, especula:
- Mas talvez por tempo suficiente para invocarmos a Árvore da Vida, uma invocação temporária também contida nesse livro, cujo o único fruto gera uma gema sangrenta e pulsante que ao ser colocada junto ao coração da vítima, por ele é absorvida, ela pode prolongar a vida e restaurar a saúde de qualquer ser contanto que ele ainda vivo.

- Essa ainda não é a maior das magias nele contida meus irmãos, pelo menos não é a mais ambicionada. Fala ankh já com seus ferimentos curados. – Nele Karsus também escreveu o segredo da criação do Mithallar, um poderoso cristal mágico, fonte do poder dos magos de Netheril, acredito que seja tão desejado pelos necromantes como por outras raças tão nefastas como os undeads.

- Por esses motivos irmãos, é que esse livro não ficará aqui em Darknessfall. Diz Brux1nha decidida. – Ele será guardado na Torre de Azgha, longe do perigo. Lá pelo menos poderemos estudar suas magias com segurança.

Marco chama a atenção de todos para algo tão preocupante quanto o anel, a detecção de uma outra entidade maligna no último baile, que embora não pudesse ser identificada, desconfia-se que esteja agindo a favor dos undeads para poder tirar vantagens disso posteriormente.

Os magos agora tem mais perguntas a responder... eles teriam que se envolver mais a partir daquele momento.
Talvez tenha chegado a hora dos magos irem até o covil dos dragões...

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By ankhmaath Darkstone & e pequena contribuição de Arkano Indigo.

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Anel de Luvithy e os Magos

Cena 1 – primeiro ato



Os galhos secos estalam na fogueira enquanto o mago ancião monta guarda diante de uma antiga porta... “- Muitos são os segredos a serem velados” diz com o olhar ao longe, mas se mantendo atendo ao movimento de tudo ao seu redor, inclusive ao quebrar de gravetos no chão. Um vulto parece aproximar ao longe trazendo consigo uma aura incomum, então o ancião, com voz pausada e preocupado,fala:

- Esta noite você está descuidado Marco... – pronuncia o mago ancião sem tirar o olhar da fogueira, enquanto as chamas crepitavam em azul anil – demorou para chegar, estou te esperando ha um bom tempo e parece que temos visitas inesperadas esta noite...

Marco Gisel chegando por entre as árvores pensa: “Cada dia que passa fica mais difícil de encontra-lo... e ele sempre sabe quando estou chegando”. Quando ia começar a falar é logo interrompido pelo mago ancião que joga um punhado de pó colorido na fogueira criando uma pequena explosão, fazendo as chamas mudarem de cor para um dourado luminoso..

Olhando diretamente para os olhos de Marco, fala com voz grave: - Sei o porque veio Marco e temos muito o que conversar.

Marco senta-se do outro lado da fogueira esperando suas palavras...

Do outra lado, uma sombra chega perto dos dois magos, com olhos felinos, esgueira-se e fica perto da fogueira, que o clarão das laberadas revela sua face: Era o mago Arkano Indigo, vindo de uma jornada....Observa tudo com calma, como se não pertencesse a este mundo.

O mago ancião joga mais um punhado de pó na fogueira causando mais uma pequena explosão multi colorida. -Seja bem vindo de volta mago Arkano, em seus olhos vejo que tem muitas histórias para contar, logo mais te deixo a par de tudo que ocorreu na sua ausência....

O mago recém chegado apenas assente com a cabeça e continua a olhar o fogo, remoído de lembranças e entre pensamentos.. Marco o saúda.

O mago ancião continua falando com firmeza, embora pausadamente...
- O necromante que procuram é muito esperto e sorrateiro... mal se sabe se é homem ou mulher... ele realmente não age sozinho... ele é um marionete da deusa Luvithy... os antigos deuses das trevas embora estejam banidos, por vez ou outra conseguem manipular as pessoas deste mundo para tentarem sair do Abismo e chegarem aqui. E com Luvithy não é diferente, ela manipulou o necromante em sua busca até o covil dos dragões, através dele usou sua magia negra para acobertá-lo e faze-lo passar desapercebido.

Marco, como que hipnotizado, olhando para as chamas, sente na entonação das sabias palavras do mago ancião, que precisam agir rapidamente.

O mago ancião com sua voz grave...
- A deusa embutiu em sua mente sonhos ambiciosos de poder e riqueza, fazendo-o acreditar que de posse do anel se tornará o senhor desse mundo... que seus inimigos serão esmagados e os que sobreviverem se prostarão a seus pés... mas sabemos que isso não acontecerá, pois toda as forças do portador do anel serão sugadas, como todos os que tentaram usá-lo e substimaram sua maldição. Essas forças são direcionadas para a deusa, com isso Luvithy um dia, poderá ter chance de retornar e dar início a uma nova era de destruição e morte.

Marco escuta com atenção as palavras do ancião, mas se levanta e diz:
- Vamos fazer um ritual para localizar o anel e esse necromante. Vamos acabar com ele.

- Não se preocupe com isso, já providenciei um mensageiro avisando que você não estara presente... quanto ao ritual os outros magos do conselho vão conseguir faze-lo com sucesso... pelo menos vão saber o que precisam saber... por enquanto - diz o mago ancião com um tom misterioso na voz, deixando Marco intrigado.

- Muitos dizem que Luvithy também é uma das faces de Tenebra a deusa vampira e se isso for verdade nossa situação se agrava muito mais, porque até o poder dos dragões pode não ser o suficiente para dete-la, por isso o necromante provocou o isolamento da raça, sem a aliança seremos presas fáceis. Gesticulando as mãos por entre as chamas o mago ancião passa noite explicando para o mago Arkano tudo que aconteceu na ilha na sua ausência e para Marco mais detalhes sobre a trama que se desenrola sobre Darknessfall.

Cena 1 – segundo ato
(Ao raiar do dia nas costas de Darknessfall)


No alto do penhasco os respingos do quebrar das ondas parecem despertar o mago de um breve transe sobre o infinito azul do mar, algo lhe chamou a atenção embora ele não saiba exatamente o que. Ele rapidamente se volta e dispara em galope, em seu cavalo pelos campos abertos e entre as colinas de Darknessfall, e ele se juntam logo outros, todos estão voltando da missão de entregar as mensagens aos membros da antiga aliança. Galopam até os portões sagrados do castelo dos magos.

No salão, os magos reunidos esperam com muito anseio as palavras de Brux1nha, que sentada diante de todos aguarda compenetrada. Busca inspiração na sabedoria de Azgha juntamente com Jabez e Daghata.

Os mensageiros irrompem pelo salão em direção de seus líderes, um a um todos os mensageiros confirmam a entrega da convocação de seus aliados.

- Agora a sorte está lançada. Diz Daghata.
- Só temos que esperar Marco para dar início ao ritual de localização do artefato mágico e de seu portador - Fala Brux1nha.
- Eu acho que não... vejam. Aponta Jabez na direção de um pássaro que em vôo raso pousa no meio do salão.

Usando suas habilidades da casa verde, os membros do conselho conseguem entender a mensagem que o animal trouxe do mago ancião que diz para continuarem sem Marco pois, a conversa entre eles ainda ia demorar.

Os magos presentes se dirigem para o andar de cima do castelo onde ficam alinhados ao redor dos três membros do alto conselho da Torre de Azgha. Daghata acende o incenso que liberando um leve aroma de magia invade todo o ar no recinto.

Tem início o ritual com Jabez batendo três vezes o cajado no chão, Daghata e Jabez erguem seus braços formando um círculo ao redor de Brux1nha. A luminosidade parece subtraída do ar para as mãos desses magos poderosos que a desprendem para o centro do salão.

Um som harmonioso entoa das mentes de todos presentes em direção ao centro do salão onde Brux1nha catalizando as energias recebidas forma uma esfera de luz plasmática diante de si, enquanto sussurra palavras mágicas em um tom melódico.



O núcleo da esfera começa a girar ao redor de si próprio cada vez mais rápido, o mesmo acontecendo com o ritmo da pronuncia de Brux1nha. Da esfera começam se desprender raios e ventos velozes até que de súbito explode um clarão...

A superfície da esfera fica translúcida, nela Brux1nha, Daghata e Jabez visualizam uma sombra admirando o fruto do seu roubo... ouvem sua gargalhada de prazer, um prazer mórbido. Embora não consigam ver seu rosto com clareza, percebem a loucura e a maldade que emanam de seus olhos, ele se vangloria de como conseguiu se esconder dos dragões até agora.
“Desta vez você não escapa necromante” pensa Jabez.

- Concentrem irmãos... concentrem. Pede Brux1nha. – Ele está envolto por uma forte magia de proteção.
Logo a visão fica mais clara, mas a figura está de costas para eles.

Só mais um pouco. Diz Daghata.

A visão vai ficando mais clara e o necromante começa a se virar... os três arregalam seus olhos diante do que vêem. – Ele sabe que o estamos observando. Diz Brux1nha.

Ele faz um gesto com as mãos, um imenso clarão acontece e a esfera se desfaz, encerrando o ritual bruscamente e quase arremessando os três magos ao chão;
Eles se entreolham.

- Nós realmente vamos precisar de ajuda meus irmãos - Fala Brux1nha, exausta.

Jabez ofegante ergue a cabeça e fala:
- Mas nós não vamos desistir... eu acho que sei onde é esse lugar.

Daghata fala com voz cansada mas firme:
- Agora vamos armar uma estratégia, esperar o Marco voltar e nossos aliados chegarem.

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Cena 2 – primeiro ato

Ao anoitecer, chove forte em Darkness Falls... há muitos relâmpagos e o vento açoita os campos e bosques...

“Não gosto desse tempo” pensa Daghata.

- Perdida em pensamentos Comandante? Pergunta Brux1nha chegando naquele momento de outro aposento.

Daghata responde sem tirar os olhos da janela:
- É que já se passaram dois dias desde que mandamos as mensagens e fizemos o ritual... e nada aconteceu... essa ansiedade me mata.

De repente as duas se voltam assustadas para a entrada da torre... cuja a porta se abre violentamente com um pontapé... Inrrompendo por ela entra Marco carregando o Mago Arkano nos ombros.

- Se é ação que você quer, trouxe uma para você... me ajudem... Ele ficou inconsciente depois de entrar em transe enquanto conversamos com o ancião. Colocando o irmão numa cama... - Use os seus conhecimentos Daghata... ele parece estar em outro plano..

Nesse momento entra a maga Jolli Breda que veio ver que barulho foi aquele que escutou :
- O que foi esse barulhão?

- Vou precisar de ajuda... Jolli, traz água quente e toalhas limpas.

Brux1nha pergunta:
- Marco, o que aconteceu com ele durante o transe?

- Não sei Brux1nha, vamos ter que esperar ele acordar. Mas posso dizer que depois que o ancião contou toda história do anel e dos acontecimentos de Darknessfall ele entrou em transe.. Seus olhos brilhavam como duas bolas de fogo rubras e falava frases em uma lingua tão antiga que nem o ancião soube decifrar...A unica palavra que entendemos, foi Luvhity ! Depois desmaiou ao solo... Fala Marco ainda ofegante. – Vem comigo temos que conversar.

Brux1nha olha para ele acenando a cabeça em sinal de positivo... ambos saem e deixam Daghata e Jolli cuidando de Arkano ainda inconsciente.


Cena 2 – Segundo ato

Na manhã seguinte o mago Arkano abre os olhos lentamente, sentindo o corpo ainda moído, tentando se erguer com dificuldade... sente o calor de mãos suaves sobre os seus ombros.

- Ainda não é hora... você ainda está muito fraco... Era a voz de Jolli – Você teve sorte, se não fosse o Marco para te trazer a tempo aqui... e ainda bem que Daghata é boa nisso de curar pessoas.

- Luvhity.......Anel...dragões..Anjos.... Começa a balbuciar frases soltas, enquanto sente uma dor forte na cabeça que o impede de continuar.

- Calma... eu falei que não é hora. Fala Jolli. – Descansa... você está na torre dos magos, logo a Brux1nha, Marco e Daghata virão falar com você.

- Sentindo ainda uma dor lacerante, como se pregos cravassem em sua mente, vê tudo em sua volta girar e perde os sentidos novamente.

Jolli se levanta:
- Vou avisar a Daghata, logo ele recobrara a consciência.


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Cena 3 – primeiro ato
(uma semana após o ritual)

Diante da Torre dos Magos, Ankh pratica seu kata com espada, elevando o seu espírito e a sua mente unindo-se com o seu Bodhicitta (Avatar), como é de costume dos membros da Irmandade de Akasha, seus movimentos são rápidos, firmes e inteiramente suaves, como se suas espadas cortassem uma fina cortina de seda. O mago Tchow está próximo, cantando e pescando sentado na ponte. Alguns breves momentos de tranqüilidade num momento tão conturbado que Darkness Falls está vivendo.
De repente os músculos de Ankh se contraem e ele assume uma postura inflexível de guarda, entrando num estado de profundo transe... quando desperta guarda rapidamente suas espadas...
Tchow observando seu amigo e com ares divertidos, fala:
- O que foi Ankh? Errou o passo?

- Não irmão Tchow... – Diz Ankh rapidamente. – Yin Mei vem me visitar.

- Yin Mei ?... - Ri Tchow - você tem uma namorada espertinho?

- Não irmão Tchow... tenho uma filha. Responde Ankh indo para a torre.

- Filha? Foi mal Ankh... err... puxa!! Tchow fala coçando a cabeça enquanto vê Ankh se distanciar rapidamente. – Esse pessoal de akasha é complicado mesmo.

Ankh vai até o salão superior da torre onde encontra Brux1nha lendo um antigo pergaminho de magia. Ela o olha e pergunta prestativamente:

- Sim Ankh? Deseja alguma coisa? Posso lhe ajudar?

- Sim minha líder – diz ele sempre formal – Acabo de receber uma mensagem da Bodhimandala (Capela) do vale Garuda no Himalaia, a sede da irmandade akasha... minha filha que também estuda o akasha quer me visitar aqui em Darknessfall.

- Filha? Você tem uma filha? Ora... que lindo isso Ankh – Fala Brux1nha espantada – Porque nunca comentou isso? Vocês de Akasha, sempre cheios de segredos. Quando ela chega?

- Gostaria de saber se não haveria nenhum problema quanto a isso? Se não houver ela virá dentro de três dias. Pergunta o mago akasha. – seria apenas durante dois dias, depois ela retorna para o Himalaia.

- Claro que não há problemas, embora estejamos um pouco atarefados com que está acontecendo, não vejo problema algum... Porque esse tipo de pergunta? Fica intrigada Brux1nha com a reação de Ankh.

Ankh ainda sério responde:
- É que ela é especial... chama um pouco a atenção... é diferente...

Brux1nha percebendo que havia mais coisas nessas palavras, curva-se um pouco para frente e com um movimento leve de suas mãos pelo ar fecha as portas do aposento, os dois conversam sozinhos durante algumas horas.

Cena 3 – segundo ato

Após três dias Ankh vai até o portal no alto da colina pela manhã na hora marcada, acompanhado pelo mago Tchow e pela maga barda Aradya. Passados alguns minutos, o portal se abre e dele sai Yin Mei. Tchow e Aradya se espantam quando ao invés de uma pequena menina oriental, elem vêm uma mulher alta, branca, loira e com olhos azuis cintilantes. Ankh e ela se abraçam longamente.

- Pai você não muda mesmo, não é? Diz a jovem com alegria. – Adoro esse seu uniforme de general do império chinês.

O mago akáshico com um sorriso nos lábios, retribui:
- Seja bem vinda minha pequena flor de lótus, seu sorriso irradia felicidade para o meu coração.

Ele a apresenta ao mago Tchow boquiaberto e sem jeito e a maga Aradya que se divertindo com a situação, logo se põe a conversar com Yin Mei:
- Como você é linda... seu pai devia ter nos contado de você a mais tempo. Mas ele é tão quietinho. As duas riem baixinho.

Ankh e Tchow pegam as malas e todos vão para a Torre dos magos, onde Ankh a apresenta para Brux1nha, Marco, Daghata e todos os outros, apenas o mago arkano que recobra sua consciência aos poucos, deitado na cama de madeira...

- Meus senhores, esta é minha filha Yin Mei, que na língua de vocês quer dizer donzela de prata. Fala o mago akáshico.

- Seja bem vinda Yin Mei, sinta-se em casa. Diz Brux1nha abraçando-a.

Marco sempre atencioso, fala:
- Espero que goste de nossa hospitalidade.

Daghata com muito carinho convida:
- Fizemos um pequeno almoço em sua homenagem, espero que goste.

Durante o almoço os magos se espantam com a aparência e a eloqüência da convidada, que possui um porte de rainha e finíssimos modos a mesa.

- Ela realmente chama a atenção Ankh. Fala rindo Brux1nha para o mago dando um leve piscar de olhos.

Após o almoço Ankh e Yin Mei se retiram para colocar sua conversa em dia, passeando nos campos próximos da Torre dos magos.

Cena 3 – terceiro ato

O sol está ameno naquele dia, uma leve brisa sopra pelos campos de Darknessfall, nem parece que aquele lugar passa por um período conturbado e tenso.

O dragão de bronze Ordep Dawes, gosta de ter contato com a natureza que o cerca, seus irmãos não dão importância para isso, mas ele prefere admirar as pequenas criaturas do bosque e do campo, afinal são seres vivos como ele, quem sabe encontre um esquilo tagarela ou um furão trapalhão... assim esquece um pouco todo esse alvoroço que está acontecendo...

o roubo do anel mobilizou todos os dragões, todos estão muitos nervosos e tensos, o ar anda pesado, por isso um passeio vai fazer muito bem, nunca se sabe quando um desses bichinhos resolvera falar o que viu naquele dia.
Encostado entre as pedras, enquanto curtia aquele momento ele percebe um movimento que lhe chama a atenção, um casal de humanos brincando no campo a sua frente, os dois parecem estarem se divertindo, dão risadas e conversam muito, as vezes gesticulam sinais estranhos com as mãos, o jovem dragão resolve observar com reserva e curiosidade.

- Me diz... Como estão as coisas aqui por causa do anel roubado? No vale de Garuda falam que os dragões desfizeram todas as alianças, é verdade? Pergunta a jovem Yin Mei.

Ankh responde diretamente:
- É verdade, infelizmente.

A jovem balança sua cabeça dizendo:
- Mas quando eles vão perceber que podem confiar nos magos? Será que não entendem que todos estão interligados... Que dragões e não dragões embora diferentes fazem parte de algo maior e que os que tem mais poder também tem a responsabilidade de ajudar e guiar os outros?

- Eles devem ter seus motivos... talvez ainda não seja a hora certa para isso acontecer... os dragões são uma força dinâmica do universo encarnada neste mundo... mesmo que os seus bodhicittas lhes dêem os caminhos, seus corpos carnais tem dificuldades para assimilar e expressar toda sua força e energia de maneira ordenada. Você bem o sabe não é mesmo? Fala Ankh compassadamente.

Então ela ri e com olhar maroto diz:
- Bom... vamos falar então de algo bom, trouxe-lhe um presente... meu e dos dragões celestiais.

“Dragões celestiais? Isso ta ficando mais interessante” pensa o dragão Ordep dando um passo para frente. Ele vê quando ela lhe entrega um objeto que parece um anel, mas não é como o anel azul que o seu líder procura, é comprido, dourado e cobre quase todo o dedo, ele sente um estranho alívio com a constatação. Então ele vê algo que realmente lhe chama a atenção... a mulher se distancia um pouco do homem e se concentrando, se transforma em uma dragonessa... uma jovem e bela dragonessa de prata... uma dragonessa de prata e acompanhada por um humano? Que estranha simbiose há entre eles?
Ele também percebe quando o homem se aproxima do esquilo do campo e começa a falar com ele juntamente com a dragonessa. Essa estranha sequência o deixa mais curioso ainda.
Ele tenta se aproximar o máximo sem ser percebido, sua curiosidade está quase lhe mantando... é quando ele escuta a dragonessa falar:

-Vamos pai, usa o anel que te dei de presente. Você vai adorar, não vejo a hora disso, vai ficar lindo quando se parecer comigo.

O grande dragão de bronze limpa o seu ouvido e não agüentando mais se ergue por entre os arbusto e rochas num misto de curiosidade, espanto e confusão:
- Pai?! Como assim pai? O que está acontecendo aqui? Que história é essa?

Os dois são pegos de surpresa, o mago se põe a frente da jovem dragonessa de prata que se mostra assustada como se quisesse protege-la de um possível ataque, então olhando para o dragão fala:
- Não queremos encrenca grande dragão, estamos apenas passeando pelos campos, não queremos incomodar a ninguém ou mesmo causar algum transtorno, por isso vamos embora.

Mas o dragão ainda insistindo, se põe na frente dos dois:
- Não... espera ai... como uma dragonesa pode ser filha de um humano? Alguma coisa nessa história não está certa. Fala franzindo a testa.

- Não sou apenas um humano, sou um chin’ta, um akashayana, um mago da Irmandade de Akasha que habita na torre dos magos... quanto a ela... ela é minha filha...- Pausa o mago para olhar a dragonessa, que acena a cabeça num sinal positivo para a apalavra que vai ser dita. – Ela é minha filha... adotiva...Eu a adotei depois de achá-la cativa numa masmorra a 200 anos atrás quando eu fui preso e torturado pela inquisição por mais de 20 anos. Só escapei porque um carcereiro ambicioso e burro ficou sozinho comigo e consegui usar uma magia de persuação nele, convencendo-o que podia dar a ele vida eterna se ele me libertasse, enquanto saia vi a Yin Mei acorrentada, amordassada e muito machucada... era apenas uma filhote assustada que era usada como diversão e logo seria sacrificada... eu disse ao carcereiro que o tônico que lhe oferecia só teria efeito se ela viesse comigo e ele, iludido com minhas palavras, nos libertou durante a noite dentro de barris vazios de vinho colocados numa carroça que nos levou até a vila mais próxima, de onde fugimos para longe.

O dragão Ordep Dawes ainda desconfiado fala em tom firme olhando diretamente para o mago:
- E os pais dela? Onde estão? Não abandonamos nossos filhotes.

Ankh continua seu relato:
- O carcereiro me disse que os seus pais foram mortos pelo abade e seus caçadores... o mesmo abade que me torturava e me deixou confinado naquela masmorra. Um monstro em forma de gente, que de gente não tinha nada, mais parecia um necromante ou um vampiro feiticeiro. O carcereiro ainda me disse que ele matava dragões, unicórnios e outros seres para fabricar armas e utensílios mágicos. Eu não podia deixá-la naquele lugar a mercê daquele monstro E como eu tinha chegado a Europa ha pouco tempo e não conhecia ninguém, resolvi então criá-la... nossos laços foram ficando cada vez mais fortes com o tempo, até que passamos a nos ver como pai e filha.

Com a uma voz tímida e doce a jovem dragonessa de prata se manifesta:
- Meu pai me protegeu dos outros durante quase 50 anos, foi quando ele percebeu que não tinha suficiente conhecimento para me criar com total segurança... afinal eu crescia cada vez mais e ficava mais e mais difícil de me esconder. Assim sendo ele meu enviou, por um portal, para o Himalaia, onde eu estudei o akasha e vivo entre os dragões orientais, os celestiais que se tornaram meus mentores. Logo encerrarei os estudos necessários e ingressarei na Irmandade como meu pai fez.

O grande dragão Ordep Dawes, ainda encantado pela voz doce da dragonessa, argumenta:
- Mas os dragões vivem muito mais que os humanos, mesmo sendo mago, como você acha que poderia criá-la? E... e... como você consegue falar com os animais?

Ankh responde já mais tranqüilo pois percebe que o dragão também já se mostra mais amistoso, embora curioso e ainda confuso:
- Sou aquilo que os orientais chamam de Xian, um imortal, tenho bem mais de dez mil anos... acompanhar o crescimento de um dragão não seria um problema, tive dificuldades no fato que há coisas sobre dragões que somente dragões poderiam responder... por isso a mandei para o Himalaia, pois os meus irmãos, os nobres dragões celestiais poderiam completar e terminar sua educação mais adequadamente.

- Meu pai se comunica com os animais porque é um akashayana, essa habilidade é comum entre os membros da irmandade, podemos nos comunicar mentalmente com qualquer ser, a qualquer distância... Diz a dragonessa de prata que completa a mensagem mentalmente com o dragão. “todos os anos venho visitar meu pai... não queremos nos meter em encrencas... apenas estávamos passeando... por favor nos deixe ir em paz.”

- Eu também não quero encrenca... Responde o dragão de bronze. – Mas essa é a história mais maluca que ouvi até hoje... um mago imortal que conversa com animais e tem como filha uma dragonessa que quer viver entre os humanos magos. Quando eu contar isso aos meus irmãos lá no covil, eles vão achar que bati a cabeça em algum lugar e não estou falando coisa com coisa... e que tanto ela me olha desse jeito?

Ankh guardando sua espada conta ao dragão:
- Ela olha assim porque nunca viu outro dragão ocidental antes além dela mesma... você é o primeiro... e também porque segundo contou o carcereiro, os pais dela foram mortos pelo abade com a ajuda de um dragão maligno.

- O que? Fica indignado o dragão enquanto percebe uma pequena lágrima no rosto silenciado da dragonessa. – Isso é terrível.

- Sim... é. Fala a dragonessa engolindo a seco e assumindo a forma humana novamente. – Agora nós vamos embora.

Os dois dão as costas ao dragão que fica parado após ouvir toda essa históra e caminham em direção a Torre dos magos. Então o dragão de bronze pergunta ao mago, tentando segurá-lo um pouco mais:
- E porque guardou sua espada? Porque não lutou comigo? Achou que não estou a sua altura?

- Aqueles que zelam pelo bem e pela ordem no universo evitam o uso desnecessário da força, preferem o caminho do diálogo e da razão... como você mesmo o fez grande dragão de bronze. Responde Ankh, sem se voltar para o dragão. – Talvez eu não esteja a sua altura.

“Que sujeito mais estranho... tenho que contar isso lá no covil, meus irmãos não vão acreditar... nem mesmo eu acredito, mas que o Cello vai querer saber, isso vai” pensa o dragão de bronze.

Enquanto isso, o Mago Arkano levanta da cama e, andando ainda meio cambaleante, aproxima-se da janela do quarto.. Lembra-se de toda a visão que teve durante o extâse, enquanto olhava para as estrelas que cintilavam como diamantes no céu negro de Darknessfall...

By ankhmaath Darkstone & e uma pequena contribuição de Arkano Indigo.

O Anel de Luvithy e a Profecia Celestial



Em mais uma bela manhã em DarknessFall, o sol se faz presente num céu azul salpicado de pequenas nuvens brancas, formando desenhos que se alteram como se fossem quadros dinâmicos pintados pelo grande senhor dos céus. A população de DarknessFall, encantada pela linda manhã que os acolhia mal imaginava que seu destino estaria prestes a mudar com as descobertas que faria naquele dia.
Na sacada do covil dos Dragões podia-se avistar os dois dragões anciões, Cello e DelSurf, entabulando uma conversa, aparentemente séria. Os dois Anciões cromáticos, possuidores de amplo conhecimento sobre as forças do mal e as implicações que decorreriam, caso elas fossem associadas o imenso poder que o Anel Maldito de Luvith continha, discutiam ali qual seria a melhor estratégia a ser adotada em mais um dia de busca pelo anel.
O Ancião Negro DelSurf, ensimesmado e lembrando-se do quão grandioso era o poder que o anel encerrava fica imaginando o que acarretaria caso quem o roubou resolvesse usa-lo e por que essa criatura não havia ainda feito uso do poder do anel. Preocupado O Negro relata seus temores ao seu irmão Azul. O ancião Cello, que parecia distraído a esquadrinhar o céu como se estivesse em busca de sinais, responde que, como tudo o mais nessa vida, uma grande recompensa, um grande poder não vêm de graça. Sempre há um preço a pagar e ele é inexoravelmente cobrado quando a hora certa chega. No caso do anel, aquele que o usa recebe grande aumento de poder, porém ao custo de sua força vital que vai se esgotando a cada vez que o usuário o ative. O dragão Azul olha para seu irmão e diz que ele, mais do que qualquer outro, quer encontrar esse anel o quanto antes pois receava o que estava por vir e que talvez não houvesse tempo para evitar o pior.
O Ancião Negro, sem entender a referência ao "pior", dirige seu olhar para as nuvens, tentando encontrar uma pista sobre o que o líder do clã se referia, pergunta-lhe
“Do que você está falando? Desde que aqui chegamos você não tirou seus olhos do céu” e, brincando acrescenta, “Está escondendo algo de mim ou será que está a procurar algum Anjo lá em cima?”
Cello, após ponderar durante alguns minutos finalmente decide contar a DelSurf o que havia ocorrido já quase no final da madrugada. Conta que havia recebido informações de que um Líder Celestial, conhecedor do poder que o Anel de Luvithy encerrava, disse que não iria desistir enquanto não estivesse de posse do anel. O Anjo Celeste, sabedor da malevolência que esse anel encerrava, profetizou um grande Eclipse quando então uma névoa cobriria a cidade entorpecendo os sentidos de todos que ali estivessem. O pior, diz Cello, é que se a profecia se concretizar o evento celeste ocorrerá 24 horas após uma grande batalha ser deflagrada fazendo com que tudo aconteça durante o Baile de Máscaras.
O dragão Negro, enfurecido, dá um rugido estrondoso em direção ao céu e volta a encarar o dragão Azul dizendo que então o tal Baile de Máscaras não passava de uma armadilha para que, no meio da confusão, o anel passe para as mãos dos Celestiais. Com olhar de deboche e soltando sonoras gargalhadas afirma que essa tal de “profecia” não passava de um grande blefe. O dragão Azul Cello, concordando com a colocação do outro dragão, responde:
- Exatamente, Ancião, tudo pode ser uma armadilha e essa informação sobre a tal profecia pode muito bem ser uma mentira, mas não vou correr nenhum risco. Quero nosso anel de volta ao nosso domínio ainda essa noite. Vamos convocar todos os Dragões e sair a sua procura tão logo a lua aponte nos céus.

Enquanto isso, líderes Licans reunidos se preparam para um ataque surpresa ao quartel-general dos Undeads, na esperança de que o Anél Maldito de Luvithy esteja com eles. Os clãs dos Infernais , Vampiros Camarillas e Sabas, ao tomarem conhecimento de tais rumores, se armam e saem em busca do anel. Estão todos dispostos, se necessário for, a chegar até as ultimas conseqüências para tomar posse do artefato. Com tantas conspirações acontecendo concomitantemente na cidade, foi só uma questão de tempo até as notícias de que um grande confronto estaria para acontecer alcançarem os Magos e Anjos. Ambas as raças convocam todos os seus guerreiros e saem pela cidade com suas armas em punho.
A não ser que um milagre aconteça, os habitantes de Darkness Fall estão prestes a testemunhar um banho de sangue sem precedentes na história da cidade.

Undeads e o Anel de Luvithy



A estrela da manhã já havia saído de seu refúgio noturno e tomado seu lugar no céu, despejando seus raios amarelo-alaranjados que lambiam os telhados e ruas de Darkness Fall como se fossem labaredas de um sopro de dragão. O verão havia chegado prematuramente envolvendo a cidade numa onda opressora de calor e umidade que a tudo consumia já nas primeiras horas da manhã. A vegetação estava queimada e havia poucos lugares onde os habitantes pudessem se refugiar sem serem castigados pelo clima inclemente. Apenas os moradores do Covil dos Dragões não se sentiam afetados pela mudança da estação e, muito ao contrário, a acolhiam com prazer. Em outros tempos, a chegada do verão seria motivo para celebração e alegria no covil, porém, depois do roubo do anel de Luvithy, tudo que os dragões pensavam e faziam era em função da recuperação do artefato e da vingança que isso acarretaria. A área em torno do covil estava em franca atividade com a chegada constante dos dragões batedores que haviam viajado em viagens de reconhecimento à procura do anel. O ancião Azul, Cello, líder do clã e o dragão vermelho PAULO supervisionavam as chegadas na porta do covil, ouvindo os relatos dos batedores e colocando-as a par dos últimos acontecimentos que culminaram na visita ao cemitério dos Undeads. As notícias dos dragões recém chegados não eram das melhores, pois não havia o menor sinal de que o anel estaria fora da cidade, o que não chegou a surpreender o ancião já que havia fortes indícios de que a jóia estava escondida mais perto do que alguém poderia imaginar.
Enquanto trocavam informações e discutiam novas estratégias os dragões são surpreendidos pela inesperada chegada dos undeads MarcoOo Constantine, leo Chrome e hallyay Schnyder. Os três chegaram sorrateiramente, tentando passar despercebidos, porém, Cello que a tudo observava vê quando as três figuras sinistras se aproximaram. O Azul, sussurra para PAULO que o necromante MarcoOo e mais quatro undeads haviam tentado embosca-lo durante a madrugada, sem sucesso. Desconfiado e carrancudo, o ancião parte ao encontro dos necromantes, interpelando-os quanto ao objetivo daquela visita. MarcoOo, procurando briga, reclama dos cochichos e desafia os dragões a falarem em voz alta. PAULO mede-o de baixo a cima com o olhar de desdém, demonstrando todo o desprezo que sente por essa raça de mortos-vivos. Sem se intimidar, ou ceder à provocação, Cello, ainda dirigindo-se a PAULO, diz em voz baixa que ao que tudo indicava, os Undeads estariam fazendo por onde merecer nova visita dos dragões quando a noite chegasse. Perdendo a paciência o ancião irado aproxima-se de MarcoOo e exige saber porque os três Undeads estavam na área do covil já que nada lá havia que pudesse interessar-lhes. Imediatamente os outros necromantes colocam-se ao lado de seu comandante numa atitude de deliberado desafio enquanto Paulo e a dragonesa Anciã Vermelha Yulia observavam a cena aguardando a reação do seu líder. Os necromantes haviam vindo em retaliação à invasão perpetrada pelos dragões ao seu cemitério, mas, na verdade, a curiosidade sobre o anel os havia impelido a essa imprudente incursão.
Cello, começa a soltar de seu corpo pequenas descargas elétricas fazendo com que um forte odor de ozônio tomasse conta do local. Furioso, batendo sua cauda no chão e rugindo feito um louco, ameaça atacar MarcoOo, hally e leo caso eles não se retirem imediatamente da frente do covil. Percebendo o perigo de um conflito Yulia, Paulo e o ancião Negro DelSurf Dryke, fungando fagulhas de suas narinas, aproximam-se do ancião Azul prontos para o confronto. Abrindo suas magníficas asas e levantando seu imponente e descomunal corpo, Cello com voz soturna avisa aos Undeads que, se não saíssem logo da área do covil, os próximos raios atingiriam diretamente cada um deles. PAULO, num surto de impaciência, vê a temperatura de seu corpo aumentar e suas patas afundarem no chão provocando profundas rachaduras no solo e, a medida que seu corpo esquenta, pedras se transformam em lava e árvores em cinzas. Perturbado olha para o Negro DelSurf Dryke que, acometido de imenso mau humor, demanda de Cello o motivo para tanta tolerância com seres tão abjetos que habitam as profundezas. O ancião Azul investe, num giro de 180º, com sua cauda contra MarcoOo na tentativa de derrubá-lo. O comandante dos Undeads pondera e conclui que, com tantos dragões presentes no covil, aquele certamente era um péssimo momento para desafiar o ancião Azul e, percebendo que hally e leo já haviam se retirado para as profundezas segue-os , evitando assim ser atingido pelo ataque do dragão.
O ancião Azul, percebendo a retirada estratégica dos três Undeads gargalha ferozmente enquanto em sua mente um plano começa a se formar. Virando as costas e caminhando, acompanhado por seus irmãos Yulia e DelSurf, em direção à porta do covil diz “Esses necromantes, mais cedo do que imaginam, terão notícias nossas irmãos.”...PAULO Kaestner sobrevoa o local em um vôo rasante, certificando-se de que os inimigos haviam realmente ido embora, sopra fortes chamas sobre o solo deixando um rastro de destruição ao seu redor antes de juntar-se a seus irmãos.



A noite cobrira com seu pesado manto o céu trazendo alívio temporário aos moradores da cidade. Grossas nuvens tampavam a luz da lua e das estrelas, aqui e ali podia vislumbrar-se brilhos rápidos de relâmpagos ao longe que anunciavam uma tempestade a caminho. Um vento forte e quente serpenteava pela colina lançando-se entre as folhagens das árvores e dos arbustos fazendo soar uma sinistra sinfonia que ecoava pelas ruas de Darkness Fall, trazendo consigo medo e apreensão àqueles que ainda não tinham chegado ao abrigo de seus lares. Era a hora das criaturas da noite...
Alheios às mudanças climáticas, e preocupados com seu problema recente, os dragões do covil conspiravam. Agora que o clã estava praticamente completo com quase todos os batedores já retornados ao covil, o ancião Azul Cello resolve colocar em movimento o seu plano de ataque aos Undeads. Cello convoca inicialmente PAULO, a dragonesa Vermelha Coreh e o ancião negro DelSurf para serem a primeira linha, de ataque, em seu plano. Juntos, discutem os detalhes do plano e preparam-se para partir. Antes de sair o dragão Azul alerta a anciã Negra Jaddy, o anciãoVermelho Heder e à anciã de bronze Absynth que eles seriam a segunda linha, de defesa, caso reforços fossem necessários. Não era sábio envolver todo o covil nessa incursão, pois muitas outras ainda estavam acontecer. Já na frente do covil, o ancião Azul, imbuído da mais genuína indignação, dirige-se ao impaciente ancião Negro DelSurf e comenta, apontando para além da colina.
“Dragão, nos roubaram e ainda se fazem de vítimas, aquelas criaturas insidiosas e repugnantes que moram nesta maldita cidade. Temos sido muito tolerantes com os seres das profundezas da terra, precisamos recuperar o que nos pertence a qualquer custo e mostrar o que acontece a quem se atreve a nos desafiar”.
Caminham juntos com Coreh, em direção ao cemitério onde fica a morada dos Undeads, alimentando-se do crescente ódio que aumentava a cada batida dos seus corações.
Guilherme Crazyboi, líder do clã dos Undeads, percebe a aproximação de um bando e logo consegue divisar os familiares dragões Azul e Negro que haviam invadido o cemitério na noite anterior. Com eles notou uma dragonesa vermelha que também não lhe era estranha. Sem se abalar com a imponência da comitiva que sobrevoava seu território Crazyboi lança-lhes um olhar de desprezo e, com um arremedo de sorriso em seus lábios descarnados e sinal de estudada indiferença pergunta-lhes a que devia o prazer de tão agradável surpresa. O Negro DelSurf, fazendo um hercúleo esforço para controlar sua raiva, avisa-o para tirar o sorriso indecente do rosto porque se o Undead soubesse qual era o tamanho de sua fome certamente não acharia tão agradável assim vê-lo. Coreh, que havia se afastado estudando o terreno do cemitério passando por aquela criatura de odor repugnante, junta-se a seus irmãos e pergunta ao dragão Azul se eles já tinham terminado de vasculhar o terreno porque ela tinha visto que havia um castelo no lado direito, mais ao fundo. Cello comunica-se mentalmente com os dois dragões a avisa que esse seria seu próximo passo porque os Undeads possuíam tumbas de ouro e pedras preciosas o que indicava que tais tesouros deviam estar guardados na segurança do castelo. Mesmo que não encontrassem o anel certamente poderiam aproveitar a oportunidade e subtrair alguns objetos para adiciona-los ao tesouro do covil.
Crazyboi, andando de um lado ao outro e intrigado com o súbito silêncio dos arrogantes dragões percebendo que eles estão se comunicando telepaticamente apressa-se então em atrapalhar o elo mental perguntando, com um tom de voz jocoso, por que os drákons procuravam o anel tantas vezes no mesmo lugar e sugere que o ladrão poderia estar mais perto do que eles pensavam. O covil poderia estar abrigando um traidor! Cello ecoa uma estrondosa gargalhada pela noite escura e afirma que isso simplesmente não ocorre em uma Irmandade Dracônica, pois dragões fazem um juramento na língua antiga que os impede de mentir uns aos outros ou trair a irmandade. O Azul complementa, apontando diretamente para o líder dos Undeads, dizendo que ele, junto com a corja de mortos-vivos que compunham o clã dos Undeads é que não eram confiáveis, pois eram uma raça inescrupulosa cheia de traidores em seu meio. Coreh solta baforadas na direção do morto-vivo enquanto furioso DelSurf manda o necromante se acalmar senão acabará virando sua refeição. O Undead Crazyboi responde com uma gargalhada tenebrosa, capaz de acordar os mortos.
Um movimento estranho, próximo ao portão do cemitério, chama atenção do ancião Azul e da dragonesa Vermelha fazendo com que ambos dirijam-se até lá a fim de averiguar. Aproveitando-se da oportunidade Guilherme Crazyboi, olhando para os invasores com atitude de pouco caso, ordena que eles vão embora porque não tinha sentido vasculhar o local mais de uma vez. DelSurf, com o olhar atento sobre seus irmãos que se afastavam, reage com um sorriso sarcástico e a ameaça de retaliação. Cello e Coreh descobrem que a movimentação era provocada por um esqueleto que, acordado pela gargalhada de seu líder Crazyboi, movimentava-se tentando sair da sua cova, empestando o ar com um odor putrefato. Andando na direção da porta do castelo Cello para e pergunta para o líder dos necromantes se ele iria abrir a porta do castelo ou se os dragões seriam obrigados a arromba-la pois, afinal, Crazyboi não deveria se sentir nem surpreso nem ofendido quando os dragões estavam apenas cumprindo a promessa feita aos Undeads na última vez em que ali estiveram. “Estamos aqui conforme prometemos e vamos revirar cada canto desse lugar, só nos retirando quando encontramos o que viemos buscar”, avisou o dragão Azul.
MarcoOo Constantine, braço direito de Guilherme Crazyboi, líder dos Undeads, aproxima-se atraído pela comoção que ali se desenrola. Juntos, o líder dos mortos-vivos e seu comandante tentam, sem sucesso, fazer frente aos três dragões que forçam o portão que guarnece o castelo.
Já dentro da sala principal Cello começa a revirar móveis e tapetes, num frenesi enlouquecido, arrancando os quadros das paredes e pensando em voz alta “Hoje só saio daqui depois que encontrar o nosso maldito anel ”. O líder dos Undeads, impulsionado pelo ódio ao ver sua casa invadida daquela forma, lança Recipiente Arcano em Cello, tentando aprisiona-lo em um Cristal de Gelo. O ancião ao perceber a investida de Crazyboi faz uso de seu talento em Magia Arcana e através de Dissipar Magia neutraliza o ataque. Sem se dar conta do drama que se desenrolava lá dentro, Coreh avança na direção da porta destruída, cautelosamente observando os passos dos mortos-vivos que saiam das profundezas do solo para ver o que estava acontecendo. DelSurf, a fim de impedir que os mortos-vivos despertos seguissem seus irmãos dentro do castelo, usa seu Domínio sobre a Terra formando um imenso buraco à frente da entrada do castelo. NJ Payne, necromante que estava adormecido em um dos andares do castelo, desperta descendo apressadamente para verificar quem estava causando tanta confusão e encontra seu comandante MarcoOo que lhe sussurra a ordem de invadir o covil e deixar lá uma surpresa que os dragões jamais possam esquecer. NJ esgueira-se junto às paredes tentando sair do recinto com o intuito de cumprir a ordem que lhe foi dada, porém DelSurf percebe a manobra e usando Praga de Insetos comanda um grupo de vespas peçonhentas ordenando que elas avancem sobre os dois necromantes para tentar impedi-los de levar seu plano, seja ele qual fosse, adiante. MarcoOo e NJ reagem rapidamente e adentram o subsolo evitando a ação do dragão Negro.
Aproveitando-se da confusão causada pela guerra de magias entre os poderosos de cada raça, Coreh continua a revirar as salas do castelo com seu focinho e suas garras afiadas. A dragonesa diligentemente vai de sala em sala não deixando pedra sobre pedra até que chega à torre onde vê uma passagem que parece abrigar um cômodo secreto. Cello, percebendo a descoberta, derruba a parede que disfarçava a porta e, quando entra na sala, dá de cara com um baú todo trabalhado. Não podendo perder tempo recomenda a Coreh que veja o que tem dentro do baú e, caso não consiga abri-lo, que o leve junto com ela para o covil.
De seu leito nas profundezas da terra, a rainha da noite hallyay Warden desperta de seu sono e, percebendo sinais de magia no ar, usa Visão Aguçada para apurar sua visão e poder acompanhar de longe o que se passava em seu domínio. Qual não é sua surpresa ao se deparar com a visão do Dragão Azul destruindo tudo que estava em seu caminho no castelo dos necromantes. Hally resolve colar sua visão no Dragão Azul enquanto, sem que ele percebesse, investiga o que estava acontecendo. Cello sente um ligeiro desconforto com a impressão de estar sendo observado. O ancião pensa sentir a presença da necromante hallyay, mas descarta a possibilidade e, rindo sozinho de sua aparente paranóia, pensa “Com toda certeza ela deve estar enterrada. Afinal, é raro ver aquela criatura, a não ser escondida debaixo da terra.”
O líder Undead, Crazyboi, corre até a torre onde estão Cello e Coreh e encosta a mão em seus pés fazendo uso da magia Drenar Energia na tentativa de enfraquecer os dragões. A dragonesa Vermelha, com sua agilidade habitual, sacode seu pé livrando-se de Crazyboi antes que ele pudesse conjurar o feitiço. Sem esquecer da ordem que lhe foi dada avança na direção do baú prendendo-o com suas afiadas garras. O ancião, ao ver o líder necromante tentando mais uma vez impedi-los, solta uma descarga elétrica forte que obriga o Undead a se afastar rapidamente. Neste exato instante Cello nota a aproximação dos anciões Jaddy, Absynth e Heder que já haviam alcançado os portões do cemitério e avisa-os para aguardarem do lado de fora porque a situação ainda estava sob controle. DelSurf, vendo que os necromantes tentavam impedir a busca de Cello e Coreh, conjura Névoa fazendo surgir uma escuridão desconcertante em toda área do castelo para turvar-lhes a capacidade de visão. O comandante Undead, vendo a noite tornar-se breu, trata de proteger-se convocando seis esqueletos guerreiros para protege-lo.
A dragonesa Vermelha, agarrada ao baú e sem conseguir abri-lo sacode-o ouvindo um tilintar que parecia ser o som de metais colidindo.Coreh decide partir para o covil levando o baú mas não antes sem pedir telepaticamente o auxílio de seus irmãos que estão juntos do portão do cemitério.
hallyay Warden, sem conseguir determinar precisamente o que estava acontecendo, anuncia sua presença usando a força Jhor, criando através de seus desejos uma leve brisa que levanta uma nuvem de poeira seguida de um odor almiscarado que se impregna ao ambiente confundindo os sentidos de seus inimigos. Usando Wraith, a força ilusória dos espíritos, ela provoca uma leve perturbação mental com o entorpecimento dos sentidos. Sua mente, no entanto, a mantém invisível aos olhos dos invasores permanecendo em sutil contato com a mente do dragão Azul que, alheio ao que se passava, não percebe que o baú não passa de uma ilusão criada pela rainha necromante. Cello, o ancião Azul, sentindo a confusão mental tomando conta dele, faz um enorme esforço para recuperar o controle de seus sentidos. Não tem mais certeza do que é real ou irreal e, sem conseguir determinar a realidade do baú alerta Coreh partindo na direção do cemitério determinado a escavar uma das tumbas. O dragão Vermelho Heder, preocupado, vendo a confusão estampada no rosto do seu irmão Azul pergunta-lhe como ele estava se sentindo ao que o ancião responde não saber ao certo pois aquelas criaturas já o estavam tirando do sério. Heder gargalha ao observar um ser das trevas nas sombras do castelo e decide ficar de fora pois se resolvesse entrar seria para matar a todos, porém, percebe que o ser estranho tem poderes mágicos então conjura Imunidade a Magia para proteger-se de ataques mágicos. O líder necromante, Crazyboi, com a paciência totalmente esgotada corre na direção de Cello e conjura Toque Macabro para fazer com que o dragão Azul atacasse seus seguidores. O ancião sente imediatamente uma fraqueza mental e a escuridão tomando conta de sua mente, já entorpecida pelo Wraith, provocando-lhe uma revolta generalizada que o leva a se descontrolar rugindo insanamente na direção de todos os presentes, incluindo seus irmãos dragões. Heder, sentido cheiro de sangue e, percebendo que os senhores dos espíritos estavam se preparando para um ataque mortal, invoca os Poderes dos Elementos fazendo com que a força de seu ataque fique mais poderosa. Ele e DelSurf, alarmados com a drástica mudança de atitude do seu líder, reagem conjurando, respectivamente, Imunidade a Magia e Invocar Enxame com o intuito de tirar a concentração de Crazyboi e permitir que Cello retome o controle de suas ações. O líder Undead, totalmente concentrado na dominação da mente do ancião, não percebe as ações dos dragões Vermelho e Negro e se vê surpreendido por uma multidão de moscas voando a sua volta tirando-lhe o domínio sobre a mente de Cello, que assim se liberta. MarcoOo irritado com o dragão Negro, por ter frustrado a tentativa de dominação efetuada por seu líder, lança sobre ele Recipiente Arcano com o intuito de neutraliza-lo por algumas horas. O negro, preocupado em concentrar suas forças no ataque ao líder necromante nem percebeu quando a magia de MarcoOo o atingiu.
Coreh, inebriada pela magia de hally percebe que não tem mais certeza do que é real ou não, então, invoca Dissipar Magia para afastar de vez os efeitos maléficos do feitiço e também Imunidade a Magia para evitar que a magia necromante a afete novamente comprometendo a sua atuação. Conforme o efeito da magia ia passando a dragonesa descobre que não existia nenhum baú e que tudo que tinha em seus braços era o vazio do ar. Vendo sua cobiça frustrada, enraivecida volta para dentro do castelo gritando para seus irmãos que não sairia daquele lugar sem uma recompensa.
Hallyay Warden, percebendo que a situação estava totalmente fora de controle em ambos os lados da contenda materializa-se, pacientemente toca de leve na pata do dragão Heder e dirige-se com uma voz sedutora ao Ancião Cello “Novamente em busca do anel? Mas já não estiveram aqui ontem quando seus seguidores saíram daqui satisfeitos após devorarem carne envenenada? Sua mente está tão perturbada a ponto de faze-lo procurar no mesmo lugar por algo que não está lá ou será que você veio aqui apenas para me ver novamente? Seu anel não está aqui mas os necromantes já estão saturados dessa história e de ter vocês aqui todos os dias revirando nossa propriedade.” Sem que os dragões percebessem exala o mesmo perfume que dominou o dragão Heder na noite anterior e começou a conversar mentalmente com os anciões usando palavras doces e tranquilas. O ancião Vermelho, sentindo o toque macio de hally e o cheiro de rosas no ar, olha para a rainha dos mortos, mais uma vez ofuscado por sua beleza etérea, e pergunta-lhe se poderia deitar-se ao lado dela. Entorpecido pelo encanto da necromante, Heder, com um aspecto de franca felicidade, repousa sua cabeçorra sobre colo da rainha. Cello, tirando proveito da distração de hally usa seu Talento Arcano e invoca a conjuração Encantar Criaturas sobre ela, liberando-se do encanto e caminhando em direção do covil dos dragões com a intenção de obrigá-la a segui-lo. Hally, resistindo, mais uma vez usa a Força de Jhor criando um Escudo Impenetrável que impede toda ação brutal seja ela pela força ou por mágica. O ancião Azul vendo que sua conjuração não foi suficiente para dominar a rainha dos Undeads, sorri debochadamente e fala “Bem, que assim seja, fique com o cemitério e seu castelo totalmente revirados; a noite ainda não terminou e se você começar logo, ainda terá tempo para arrumar tudo até o amanhecer”. Tendo dito isto Cello continua andando com passadas firmes e calmas na direção do covil.
Os outros dragões seguem seu líder no mesmo ritmo e DelSurf se retira sobrevoando o castelo necromante com vôos razantes, arrastando consigo a grande Névoa Negra que temporariamente mergulha a cidade no tenebroso estado primevo de total ausência de luz.

O Anel de Luvithy e os Magos




(Torre de Azgha... 5 dias antes do roubo do anel)

Um vento frio sopra entre os corredores da torre até o salão do alto concílio...
Lá estão as magas: brux1nha Aabye e Dagatha Claire conversando sobre magias, poções e novas estratégias dos magos, quando sentem uma sensação desagradável. Param a conversa e, estáticas, ouvem o uivar do vento gélido e pesado. Precisam respirar fundo, seus fôlegos saem como vapor de suas bocas. Entreolham-se, reconhecem um pressagio. Esse vento cortante é o anúncio de notícias preocupantes...

Depois de um breve momento de silêncio Dagatha olha para brux1nha e arrepiada diz
- Não estou gostando disso. Esse vento não traz boas notícias.

brux1nha concorda com Dagatha
- Sinto o mesmo que você irmã...algo esta acontecendo e precisamos nos preparar, tem magia no ar.

Nesse momento entra o mago, Jabez Little
- Então minhas irmãs o que temos hoje? Estou animado e com von... e interrompe suas palavras ao sentir suas irmãs preocupadas. – O que está acontecendo?

-Não está sentindo Jabez? Pergunta preocupada brux1nha.
– O ambiente ficou pesaroso. Esse vento esta anunciando ao que precisamos saber...

De repente o céu fica encoberto por densas nuvens, escuro. Como se uma cortina escura se fechasse diante do Sol anunciando um condensar sinistro diante dos olhares intrigados do Alto Concílio. Ficam perplexos, aguardam algum sinal.

Nesse mesmo momento, marco Gisel, através de um portal de luz se materializa no salão
- Vejo que vocês também sentem que algo ruim esta acontecendo...antigos perigos nos rondam. Precisamos agir agora e ver o que esta acontecendo.

- Usemos nossos poderes da Casa Branca para tentarmos descobrir o que esta acontecendo, diz brux1nha.

Eles mentalizam suas forças, mas algo impede sua concretização. Como uma barreira entre eles e os acontecimentos.

- Impossível! Diz Jabez. Vamos tentar de novo. É como um escudo. Isso nunca aconteceu antes.

- Vamos nos concentrar novamente irmãos...fala marco inconformado. Sinto que algo realmente sério esta acontecendo e temos de estar preparados. O nosso tempo está correndo e as forças do Abismo estão agindo.



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(Darkness Falls... 1 dia depois do roubo do anel, de madrugada)

Caminhando pelo bosque além da ponte, os magos, Yanes Galli, Aradya Fayray, Licht Aeghin, Tchow Arashi, Sony Sabra, se encaminhavam para arena para um treino de rotina. Escutavam a brisa do vento por entre as folhas e sentiam o refrescante orvalho da madrugada em seus rostos, voltando sua atenção às estrelas...quando, percebem no ar, próximo a eles, algo se formando como uma ondulação luminosa e crescente. Todos completamente em alerta se preparam para uma possível ação. Mas conforme essa luz se aproxima seus olhos aliviam a expressão, era um Lung Celestial (um dragão oriental).


– Bem vindo nobre Lung, o que fazes tão longe de casa? Pergunta Ankhmaath Darkstone, o mago akáshico, que já conhecia esse tipo de dragão.

A imensa e majestosa figura olha para os magos e com firmeza, diz:
- Saudações irmãos, é bom nos encontrarmos... tenho um pedido a fazer para vocês e meu tempo é curto.

- Porque nos procurou e não aos seus pares? Pergunta, interessada, a maga Jolli Breda que,nesse instante, juntamente com os magos Eraldo Landar e Amanda Sabra, se aproximavam do grupo de magos que caminhavam para a arena.

O descomunal ser, então, inicia o relato:
- Meus primos ocidentais não gostam quando nos intrometemos, pois sua paciência é curta e seu temperamento muito forte. Infelizmente não trago boas notícias. O mundo revela surpresas entre suas entranhas... muitos anos se passaram desde que os deuses antigos foram banidos para o abismo... Nas ruínas antigas de Luvithy, deusa da destruição e da morte, cultuada pelos antigos; estava perdido o anel maldito e de grande poder. Este anel encontrado por um bruxo poderoso que percebendo o perigo que o anel representava decidiu por leva-lo consigo para a Escandinávia. Este mesmo bruxo, antes de morrer, confiou a guarda do anel maldito a um dragão azul do ocidente certo que este não seria corrompido pela maldição e assim o manteria em segredo.

O mago Ankh então pergunta:
- E porque nos conta isso então? Porque temos de saber desse segredo?

Continua o dragão -Bem, parece que depois após tanto tempo alguém descobriu o paradeiro do anel e este foi roubado do covil dos dragões. Os dragões ocidentais são poderosos e sábios, mas diferentes dos orientais, são orgulhos e não confiam em ninguém. Com isso a aliança que eles mantinham com outras raças acabou e acreditam que os magos estejam envolvidos. A presença deste anel mágico em mãos erradas dá, a quem usá-lo, um grande poder. Este anel era procurado pelos necromantes, membros de seitas negras de vampiros e outras raças, durante séculos.

- Mas quem roubou esse anel e porque faria isso? Pergunta Licht, um dos magos do grupo.

- Pelo poder irmão! Um poder incomensurável, capaz de consumir o seu portador. A maldição, nele contida, cega a pessoa pelo poder tornando-a capaz de destruir o mundo que conhecemos. Não podemos correr esse risco. Os dragões em Darknessfall devem permanecer como aliados dos magos...fala o gigante luminoso.

- Quanto a quem roubou... trata-se de um necromante poderoso, do culto da deusa Livithy, que ha séculos procura pelo anel em todos os lugares do mundo e finalmente o encontrou em Darknessfall, ao procurar pelo grande Dragão Azul. Suas intenções ainda desconhecemos, por completo, mas com o anel trará a desgraça e a guerra para esse mundo.

Tchow, um dos magos, ainda inconformado, fala:
- Mas como os dragões podem desconfiar de nós? Já provamos ser leais aliados várias vezes. Isso não está certo, eles são arrogantes demais.

O Lung apenas olha para o mago e explica com calma:
- Como disse... meus primos são orgulhos e realmente por vezes exageram, mas seus corações são nobres e dignos. Sua força não pode ser subestimada mas sim sua confiança conquistada pela humildade que lhes falta. Mas agora meus irmãos, preciso que vocês levem essa mensagem para os seus superiores, do Concílio da Torre de Azgha, nela estão contidas informações úteis sobre o roubo que acabei de relatar a voces. O meu tempo acabou, tenho que ir agora. Tenham cautela, nobre magos, o inimigo está a espreita. Falando isso o dragão se despede de seus ouvintes e se eleva aos céus onde perder-se por entre as estrelas.

Os magos então, retornam rapidamente para o castelo e procuram por brux1nha e marco, encontrando-os na sala de magias. Ofegantes, passam a mensagem do Dragão Lung, relatando o acontecido. Seus mestres escutam com atenção e leem a mensagem...marco olha em direção a brux1nha, que acena positivamente, com a cabeça. Diante do ocorrido, revelam para os magos que, o Concílio da Torre da Azgha já sabia do roubo e que, dias atras sentiram que algo ruim estava acontecendo e tal fato só vinha confirmar suas suspeitas. Infelizmente não conseguiram prever, exatamente, o que ocorreria, pois a magia dos dragões protegia o anel mantendo-o em segredo e, assim, bloqueando as ações dos magos em visualizar os acontecimentos e impedir o roubo do anel. E concluem - este roubo trouxe a desconfiança. Os dragões, agora, desconfiam dos magos e dos seus outros aliados. Desfizeram a aliança.

- Essas informações são úteis e nos ajudarão a descobrir o paradeiro do anel...diz marco. Se a tivéssemos a dias atrás, teríamos impedido o roubo. Temos que evitar que o pior aconteça e restaurar o equilíbrio em Darknessfall.

brux1nha tensa com o que está acontecendo, fala:
- Temos de localizar esse necromante e o anel, sugiro fazermos um ritual com a ajuda de todos os magos... agora que sabemos o que está acontecendo, nossas energias unidas poderão com certeza localizar esse artefato mágico.



- Boa idéia brux1nha, convoque os magos para o ritual...concorda marco. - Enquanto isso vou levar essa mensagem ao conhecimento do Concílio de Azgha. É bom sabermos que temos aliados de tão longe. Vou falar também com o Mago Ancião. Desconfio que esse necromante esteja sendo manipulado por algo maior, um poder por de traz de tudo isso que o está manipulando como uma marionete.

- Temos que avisar nossos aliados também, completa brux1nha. – vou mandar mensageiros para seus castelos, se essa mensagem estiver certa, vamos precisar de ajuda.

marco sorri enquanto se prepara para partir, dizendo:
- Decisão acertada brux1nha, faça isso e depois nos reuniremos. Vamos mostrar do que realmente os magos são capazes.

brux1nha prepara as mensagens rapidamente e passa aos magos presentes a missão de levarem-nas aos castelos aliados. Pede urgência também, pois há muito trabalho a fazer e pouco tempo para agir, o agente desse mal precisava ser detido e o tempo estava contra os magos e seus aliados.

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Magos de DarknessFall

Anel Maldito de Luvithy part 02



Dois dias, longos, tensos e frustrantes, se passaram desde que o Anel Mágico foi roubado da Sala Tesouro dos Dragões. Uma grande comoção toma conta dos do dragões covil que, agora, mais do que nunca, desconfiam de todos e de tudo. O equilíbrio entre os elementos mágicos está ameaçado ao longo de toda a superfície da cidade, povoada por criaturas fantásticas e alguns poucos humanos. A paz já não reina em Darkness Fall.


O covil dos dragões era o local mais seguro de todos. Nunca houve tantos dragões poderosos juntos em um só lugar, convivendo em harmonia aparente. O clã dos dragões era bem preparado e nem tanto hostil, o povo da cidade estava contente e tudo mais parecia sob controle. Como será que tanta paz conseguiu se transformar em uma tomada de ódio e desconfiança por parte de todos os dragões?

Embora originalmente os dragões fossem diferentes entre si, em seu poder, desconfiança e ferocidade, não tendo quase nenhuma semelhança entre os de sua raça, com o passar do tempo mudaram para formar uma aliança com os magos, anjos, nekos e lycans. Agora, depois do ocorrido, essa aliança está desfeita.

Os dragões aguardam, ansiosamente, o retorno de todos os membros de sua família. Haviam se passado apenas dois dias desde o sumiço do anel mágico do Tesouro dos Dragões, mas cada um deles parecia contar como se fossem dez. Os dragões estão de, orelhas em pé e mentes em alerta, esperando um sinal dos companheiros ou o indesejado ruído de metal e explosões mágicas, significando que a luta começou.

Cello teve a impressão de ter ouvido algo vindo do lado oposto ao covil. O dragão Azul caminha por alguns metros para certificar-se de que era mesmo apenas uma impressão. No entanto, logo após, todos puderam ouvir... Eram passos e vozes...todos estão contra todos, a paz não reina mais em Darkness Fall. Ianthe corre em direção ao covil e avista seus irmãos prontos para a batalha. Depois de saber o que havia ocorrido ela parte com todos os dragões em direção ao rio. O coração da dragonesa batia rápido e descompassado, todos se acautelavam e temiam que os inimigos vissem suas pegadas sendo impressas na areia fina que cobria a cidade, porém, eles conversavam entre si, estando a uma distância grande o suficiente para nada perceber.

O elfo Kalfyra nervosamente aponta para os arbustos próximos ao rio. Do lugar mostrado pelo elfo salta uma pessoa, escondida pela escuridão e por um manto com capuz negro, que se põe a correr desenfreadamente no sentido contrário ao local onde estavam os dragões. Esses, organizando-se rapidamente, seguem imediatamente em perseguição ao misterioso espião que se encontrava com dez metros de vantagem, movendo-se com grande velocidade e destreza. Finalmente, fugindo por um portal mágico, o espião desaparece sem deixar pistas.

Com esse acontecimento, ninguém sabe ao certo se era mesmo um espião ou um ladrão e a sorte está lançada. Todos os dragões se mantêm a postos, inicialmente na guarda de seu tesouro, esperando pelo grande sinal de Io, o Dragão Nônuplo (Deus Dragão).

sábado, 24 de dezembro de 2011

Anel Maldito de Luvithy part 01



O dia ainda não havia amanhecido em Darkness Fall quando Kalfyra, o elfo, se levantava em sua cela no covil dos Dragões e preparava-se para mais um dia de intermináveis tarefas antes de poder fazer o que gosta , se banhar e pescar no rio em frente ao covil. Enquanto limpava seu canto no chão da cela, o elfo ia pensando...”que abuso o Vermelho me fazer dormir nesse chão duro dentro de uma cela de prisioneiros quando tem tanto lugar sobrando no covil! Mas Coreh disse que era melhor para mim porque, com seus corpos descomunais, os Dragões facilmente poderiam me esmagar acidentalmente. Ela também falou que nesse andar a temperatura não é tão quente quanto nos outros e que por isso a cela era localizada aqui. Bem, devo admitir que faz sentido mas que o Vermelho Heder me obrigou a dormir aqui como humilhação, lá isso eu tenho certeza que foi...” Estava o elfo perdido em seus pensamentos de auto-piedade quando, de repente, escuta um barulho de metal chocando-se com o chão. Kalfyra apura os ouvidos e tenta detectar a direção de onde está vindo o ruído. Percebe que vem do andar de baixo, da Sala do Tesouro dos Dragões. Alarmado sem saber o que poderia estar acontecendo, sai tão rápido de sua cela que quase se choca com o jovem dragão de Bronze, Ordep, que também corria na direção barulho. Kalfyra faz sinal de silencio para o dragão e, cautelosamente, os dois dirigem-se para a sala do Tesouro. O que eles vêem faz com que os cabelos de suas nucas fiquem em pé e todos os seus sentidos em alerta.

Cello, o ancião Azul, furioso e revoltado vasculhava o Tesouro, revirando o monte de ouro e pedras preciosas, espalhando os dobrões antigos de ouro pelo chão do covil. Procurava febrilmente por algo e, enquanto procurava, rugia impacientemente. O Azul percebe a aproximação dos dois e, sem olhar para trás continua a revirar a montanha de ouro dizendo com a voz rouca e perigosa:
- Estou a procurar um anel muito importante e poderoso. Não acredito que alguém entrou em nosso covil e roubou esse objeto.

Kalfyra fica preocupado, ao ouvir o rugido e perceber a agitação do dragão Azul, e dele vai se aproximando com cautela. Seu coração fica dividido entre o medo que sente pelo furioso Dragão e pela lealdade que lhe deve pelo fato dele tê-lo acolhido no covil. Nesse exato momento, Jaddy, a dragonesa negra, está deitada num canto da sala do Tesouro e, percebendo a fúria do dragão Azul, ali continua mas agora com um olho fechado e outro aberto para observar a cena. Ordep, ainda sem entender direito o que se passava, olha desconfiado para o dragão Azul e pergunta:
- Qual é a cor e o formato desse anel? E o que ele tem de tão especial, além do fato de ter sido roubado de nosso Tesouro?

Jaddy ouve e não gosta do rumo que a conversa está tomando, lentamente vai fechando o seu olho e pensa, “melhor fingir que estou dormindo ....”

Enquanto isso, numa caverna que fica na estrada que leva ao covil, Ianthe, a dragonesa de Latão, se espreguiça ao acordar de seu sono e pensa ainda estar sonhando ao ouvir as palavras de seu irmão Azul sobre um anel desaparecido...Ela encaminha-se para a entrada do covil e, sem perceber a presença do elfo, saúda seus irmão Ordep e Cello:
- Saudações Dragões ! O que houve Azul? O que desapareceu do meio do nosso tesouro?

Ordep olha para dragonesa, cumprimenta-a e diz com uma voz de gozação:
- Ele perdeu um anel de latão.

Ianthe, divertida olha para seu irmão de bronze e fingindo-se chocada diz:
- Não brinque com coisas sérias Ordep, o anel deve ser muito importante para o Azul.

O Ancião Azul, sem prestar qualquer atenção aos presentes, sacode a cabeça negativamente e fala com voz trêmula , rouquenha e preocupada:
- Vocês não fazem idéia do que representa esse anel, quanto mais do poder que ele possui. Isso é algo que, nas mãos erradas, pode se transformar em um verdadeiro caos. Ele tinha uma pedra de safira azul e era feito de ouro, seu brilho era simplesmente hipnotizador de tão belo.

Ordep, arrependido do que havia dito e assustado com as palavras do grande dragão Azul, começa a procurar desordenadamente pelo anel desaparecido, tentando imaginar quem teria tido a audácia de entrar no covil e roubar o tesouro dos Dragões. Kalfyra, por sua vez, tenta lembrar alguma invocação mágica que possa ajudá-lo a localizar o objeto roubado.

O jovem Dragão de Bronze se lembra de ter visto, ainda durante a madrugada, lobos rondando o covil e corre para contar o fato ao Ancião. Cello pensa... “Lobos? Não, não acredito que se atreveriam a fazer isso, roubar um tesouro de Dragão”.

Ianthe intrigada com a possibilidade de algum estranho ter ousado entrar no covil e roubado o anel, sem que nenhum dragão tenha notado, pergunta nervosamente:
- Poderia ter sido algum dos lobos aliados?

Ordep olha para a dragonesa e levanta a possibilidade dos lobos estarem ajudando os magos nessa empreitada, mas Ianthe descarta essa possibilidade pois magos não usam intermediários para realizar tarefas realmente importantes. O elfo, ainda tentando localizar o anel, comenta que consegue apenas detectar veneno, armadilha, magia, mas não o anel. O Dragão de Bronze, impelido pela impetuosidade que acompanha sua juventude, olha para o elfo e solta um rugido perto dele só para assustá-lo. Kalfyra dá um pulo e se assusta com a brincadeira do Bronze.


Cello concordando com as palavras de Ianthe leva sua pata direita até a cabeça, pensa por um momento e perigosamente fala, lançando um olhar distante e furioso em direção à Colina,:
- Seja lá quem for que subtraiu este artefato de nosso tesouro, pagará muito caro por tal petulância.

Ianthe Frey ao ouvir as palavras do ancião Cello fica realmente preocupada, imaginando que poderes tão terríveis poderia encerrar este anel, olha para Kalfyra e pergunta para o elfo se ele consegue sentir o cheiro de estranhos no covil. Usando seus poderes de druida o elfo consegue perceber algum animal próximo mas não lobos, pelo menos não os Lobos que são aliados dos Dragões. Procurando mais detalhadamente Kalfyra se assusta com sua descoberta e anuncia:
- Ontem à noite entrou um humano visitante na caverna.

A dragonesa fica perplexa ao ouvir a afirmação do elfo e grita numa voz estridente:
- Humano! Quanta audácia, um humano que não está morto, no covil!

O Ancião Azul ruge alucinadamente ao escutar as palavras do elfo e se indaga mentalmente “Humano em nosso covil? Como isso pôde acontecer?".

Cansado de procurar em vão, Ordep olha desconfiado para o Azul e pergunta por que, sendo o anel tão importante, não tinha ele guardado-o em seu chifre ou na unha ao invés de deixá-lo no meio do Tesouro, onde qualquer um poderia pegá-lo.

Cello, taciturno, fica totalmente em silencio ao lembrar-se das ultimas palavras do velho Bruxo que lhe deu o anel, em terras longínquas, dentro de uma caverna conhecida como Caverna de Cristal .. “Dragão Azul, esse anel será algo que terás que guardar como guardas tua vida. Esse anel traz uma grande revelação junto a ele e,quando o dia da revelação chegar, receberás um sinal e então saberás. Apenas nesse dia toque na pedra azul e diga "Mors omni aetate communis est" pois dentro do anel aparecerá uma escrita dizendo "Litterae non entrant sine sanguine". Mas lembre-se, terás que estar aqui na caverna de cristal nesse dia para que o fato de concretize, porém se qualquer criatura colocar esse anél no dedo terá sua força e poder multiplicados”. O Dragão Azul, ciente de que estava precisando do auxílio de todo o clã, vira-se para os presentes e conta-lhes a história do Anel Mágico.



- Esse anel foi encontrado entre as ruínas da antiga deusa Luvithy, derrotada nas antigas guerras. Muitos guerreiros já o usaram e vários morreram por causa dele. O poder do anel é muito grande e perigoso pois aquele que o colocar em seu dedo terá sua força multiplicada por dez, porém, a cada vez em que dele fizer uso, a energia do usuário será perdida até que ocasione a sua morte. O anel é ainda mais perigoso porque tirá-lo é tarefa muito difícil e só pode ser realizada através do uso de magia e, mesmo assim, com grandes chances de fracasso. Mesmo sendo um artefato dos mais perigosos que existem, a cobiça pelo poder faz com que seja uma jóia pela qual muitos estão dispostos a dar suas vidas em troca. Nas mãos erradas torna-se uma arma de destruição violenta que pode acabar com o mundo como nós o conhecemos.

Kalfyra, Ordep e Ianthe escutam as palavras do Ancião com medo e fascinação a estampar-lhes o rosto. Ianthe, cuja idade adulta começa a cobrar seu preço em responsabilidade, fica alarmada ao ouvir as palavras de seu poderoso irmão Azul e pensa “Esse anel é muito mais perigoso do que eu imaginava. Estaremos correndo grande perigo se quem o roubou conhece o seu poder e como usá-lo”, comunica-se mentalmente com o Ancião “Para lidar com tal nível de magia, mano, só mesmo sendo um mago ou um necromante”. Como se acabasse de despertar de um transe, Cello fala em voz alta:
- Ordep, você tem razão talvez meu excesso de confiança me traiu , e é uma grande verdade Ianthe esse anel é absoluto e quem roubou sabe o que ele significa. Só posso dizer é que o velho Bruxo que me deu esse item é um dos Magos mais conhecidos , poderoso e respeitado do meio arcano. Tive a grata oportunidade de conhecê-lo em uma de minhas viagens à península escandinava.

Um Rugido surge dentro das profundezas do covil, o tempo se fecha e relâmpagos rasgam o céu como um sinal. O ar dentro do covil começa a esfriar rapidamente e as paredes se congelam. Uma raspa de gelo se forma, cortando o salão principal do covil, e em cima dela vem o Dragão Branco Jhone que, alheio ao drama que então se desenrola, desliza sobre o gelo e salta na direção da entrada do covil e grita:
- Saudações..... a todos !!!

O jovem Ordep olha o exibido, limpa seus dentes com a unha e responde:
- Saudações nobre gelado.

Ianthe Frey olha fascinada para o espetáculo proporcionado pela entrada do dragão branco e o saúda mentalmente "Salve grande dragão Branco!" enquanto Cello, com seu velho humor rabugento, diz:
- Não pode chegar mais tranqüilo não Guardião Branco .. sempre exagerado afffs... para que trazer todo esse frio também? Quer me congelar ? Nós estamos aqui com uma crise seríssima e lá vem você com uma de suas entradas espetaculares e congelantes. Da próxima vez não irei tolerar essa interrupção!
Johne, percebendo que havia exagerado vira-se para Cello e desculpa-se dizendo que sua atitude foi fruto da empolgação de quem acaba de acordar. Assim que termina essas palavras o gelo se evapora imediatamente e o tempo abre-se novamente trazendo de volta o sol e calor que começa imediatamente a derreter a camada de gelo que havia se formado na superfície do rio.

Kalfyra, o elfo, como tem vinculo com Dragão Branco Niram, olha feliz para Jhone mesmo este sendo um dragão frio como o gelo. Cello, mais calmo, tranqüiliza o Branco dizendo que iria retomar sua temperatura normal assim que mergulhasse nas lavas do covil.

Ordep, que estava totalmente alheio à discussão entre os irmãos cromáticos, vê um rato no chão e, usando a magia Falar com Animais, pergunta se ele viu algo de estanho no covil. Kalfyra olha para o Bronze e, brincando com o jovem dragão, oferece-se para deixar o rato do tamanho dele para que pudessem conversar melhor. O Ancião Azul, esquecendo-se por um momento da preocupação que o acometia, não se contem e gargalha com a atitude de Ordep, falando:
- Mesmo estando tenso e preocupado não resisti irmão de Bronze , acha mesmo que o rato vai falar com você?

Ordep dá um suspiro e declina a oferta do elfo, mas este insiste dizendo ser um druida e, portanto, perfeitamente capaz de levar a cabo os mais variados feitiços. Kalfyra olhando seriamente para o ancião, afirma:
- Ratos, como todos os animais, falam, só não falam na mesma língua que nós. É preciso saber o feitiço certo para falar na língua dos animais inferiores.

Cello lança um olhar enviesado para Kalfyra e diz:
- Se falam é com você , porque eu não perco tempo em me comunicar com essas criaturas nojentas e insignificantes.

O jovem Bronze, magoado com o comentário de seu irmão poderoso, retruca:
- Eu consigo escutá-los, quanto a vocês eu não sei. E não são insignificantes, são tão ou mais merecedores de vida nessas terras do que nós.

Correndo em socorro ao seu irmão metálico, a dragonesa de Latão complementa:
- Tudo e todos para você, Azul, são insignificantes. Muitas vezes criaturas insignificantes podem ser de grande ajuda na solução de um mistério. Exatamente por serem insignificantes é que ninguém os nota, então escutam e vêem aquilo que nós grandes e poderosos jamais poderíamos. Temos que saber quando e como devemos utilizar a vantagem dos insignificantes.

Kalfyra elfo mais uma vez fecha os olhos, faz invocação "DespertarX: Animal ou árvore adquire intelecto humano. para o rato de Ordep" mas acaba que o rato não tinha visto nenhuma anormalidade na área do covil. Cello resmunga entre os dentes, mau humorado “São criaturas insignificantes e pronto, não me servem nem para alimento” e bate a pata fortemente no solo, estremecendo o chão, tamanha a força aplicada. Receando ter despertado a ira de seu irmão Azul, Ianthe trata de voar para longe e passa a observar a conversa do alto de uma árvore na colina. Cheio de rebeldia Ordep deixa-se levar pelas emoções, bate o rabo no solo e responde petulantemente ao Ancião:
- Insignificantes são Dragões rabugentos que só sabem perder as coisas.

O elfo Kalfyra vendo como Ordep falou, olha preocupado para Cello temendo que a rebeldia do jovem Bronze possa ter conseqüências funestas. Ianthe Frey comunica-se mentalmente com seu irmão de bronze e alerta-o sobre a conveniência de não irritar o Azul mais do que ele já está zangado. Pede para ele ter mais respeito e tomar cuidado para não despertar a ira de um Dragão cromático contra ele. “Não somos páreo para um cromático ímpio de tiamat , irmãozinho”, diz ela. Nesse meio tempo Cello, o Ancião Azul, em sua forma mistica com 25 mts de comprimento solta um leve golpe de cauda em Ordep, fazendo-o cair no solo e exclama:
- Olha como fala comigo jovem Dragão! Não tenho paciência com Dragões adolescentes rebeldes, hunff!

Ordep Dawes cai no chão virando a cara e ficando quieto tentando evitar um segundo golpe enquanto o Azul encaminha-se ate a parede de pedra da entrada do covil e coça suas escamas relaxando quieto, como se nada tivesse acontecido.

O elfo, nervoso, levanta do chão preocupado olhando para o Ordep machucado e pensa "Que eu faço...não posso ficar dividido, mas me filiei a Niram. Será mesmo que meu coração se inclina aos azuis? Mas o pensamento e a lembrança de ontem, do que disse Ordep volta a sua mente "Não sou babá de elfo" e diz para si mesmo"Mas ele tem tornado igual a eles, qual diferença meu coração se inclinar a cromático......"Tenho que tomar mais cuidado e não deixar os dragões ao meu redor perceberem meus pensamentos”. Enquanto Kalfyra estava absorto, em seus pensamentos confusos, o Bronze levanta-se e usa Curar Ferimentos Moderados para sarar seus machucados da queda. A dragonesa metálica, descendo da colina onde tinha se refugiado, dirigindo-se a ele diz:
- A tua sorte é que o mano não quis te machucar de verdade. Da próxima vez, pensa bem antes de falar e ser insolente com o Azul. Vê se toma juízo maninho, já está na hora de crescer.

Encolhendo-se em sua vergonha Ordep fala baixinho para sua irmã metálica:
- OK mana, me irritei com a audácia dele implicar com tal criatura. Não fiz por mal, foi sem pensar...

Ainda muito zangada e assustada Ianthe vira-se para o elfo e o repreende severamente:
- E você, elfo, é um grandessíssimo ingrato. Graças aos metálicos você ainda não foi devorado pelo vermelho Heder. Tenha mais gratidão nesse seu coração élfico e vê se não fica brincando com o Ordep só porque ele é jovem. Você tem que ajudar ele e não prejudicar. Não incentive as tolices dele, pelo menos não na frente dos anciões.

Kalfyra ainda preocupado com a divisão em que seus sentimentos se encontram, lança um olhar triste na direção da dragonesa e explica que não estava brincando com ele, que apenas havia errado a invocação e só queria ajudar o Cello no caso do anel desaparecido... Ianthe olha para o elfo com desconfiança e diz:
- Dessa vez passa mas vou ficar de olho em você daqui para a frente... mandando-o tomar muito cuidado com o que diz e faz.
- O sumiço desse anel anuncia que tempos sombrios e perigosos se aproximam, profetiza...


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