segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Morte de Desmor e a Vingança dos Dragões Parte 2



Autor: Ianthe Frey

Mal haviam despontado nos céus de Darkness Fall os primeiros sinais da manhã e uma grande comoção já havia se instalado no covil dos Dragões. Cello,o líder do clã , andava impacientemente de um lado para o outro e repetia para si mesmo: - Como pôde isso ter acontecido sem o nosso conhecimento?
Os outros dragões presentes, aturdidos com as notícias mal podiam acreditar no que estavam ouvindo. O clã dos Undeads finalmente havia cumprido sua sinistra ameaça.

Alheia a tudo que se passava, Ianthe Frey acordou após uma noite de sono conturbado com a cabeça parecendo que ia explodir. Que pesadelo horrível havia tido essa noite! Olhou em volta ainda sonolenta e percebeu que adormecera na caverna que ficava no caminho para o covil. Preocupada pelo atraso de desmor a dragonesa havia se instalado lá para esperar pelo seu amado. Agora, já estando desperta, um sinal de alarme faz-se sentir em seu coração. Aos poucos foi se lembrando do terrível sonho que havia perturbado o seu sono...Desmor havia aparecido, avisando-a de que estava prisoneiro no castelo dos necromantes, sofrendo as maiores torturas para que abandonasse de uma vez por todas o sonho de ser feliz a seu lado. Em seus últimos segundos de vida havia reunido todas as suas forças para realizar aquela conexão mental e dizer que não havia renunciado ao seu amor e que preferia a morte a viver sem ele. Alarmada com a possibilidade daquilo ser muito mais do que um mero pesadelo, Ianthe dirigiu-se imediatamente para o covil temerosa de ouvir a terrível verdade.

Chegando ao covil a jovem dragonesa é imediatamente abordada pelos seus e questionada sobre os acontecimentos da noite anterior. Como não havia dormido em casa, todos assumiram que ela estava presente quando a tragédia ocorreu. Ainda confusa Ianthe fica totalmente devastada pela dor quando Cello lhe pergunta se os Undeads tinham realmente capturado e matado desmor. O pesadelo ainda não terminara, era tudo verdade, havia realmente acontecido e ela presenciara o último suspiro de vida de seu amado. Como se não estivesse mais presente em seu corpo passa a responder mecanicamente as perguntas que lhe são feitas, relatando a todos o seu sonho.

O som ensurdecedor do rugido dos Dragões atravessou a densa neblina que pairava sobre Darkness Fall, acordando a todos num sobressalto de preocupação e pavor. Portas e janelas foram bruscamente fechadas e negras nuvens cobriram o céu, solidarizanda-se ao luto e pesar que se abateriam sobre o covil dos Dragões.

Pablo, o jovem e valente dragão vermelho, foi o primeiro a se manifestar. Conhecido por sua bravura e impetuosidade, imediatamente dirigiu-se ao refúgio dos necromantes para reclamar o corpo de desmor e obter sua vingança. Todos os dragões presentes o seguiram, temendo o pior, caso o intrépido jovem chegasse sozinho ao castelo dos Undeads. Pablo não era exatamente conhecido por sua diplomacia ao lidar com os inimigos do clã. Quando os membros mais velhos do clã lá chegaram, seguidos por uma Ianthe abatida e desolada, depararam-se com uma cena que ficaria para sempre gravada na historia dessa terra.

Instalado dentro do território dos Undeads e desafiando a todos o necromantes presentes, Pablo exigia uma retratação e o corpo de seu irmão assassinado. Surpreendidos pela audácia do dragão, que por seu comportamento irreverente estava na lista negra dos Undeads, os necromantes viram-se sem ação perante tão grande ousadia e não atacaram o jovem Pablo. Equanto os Undeads se recuperavam do choque inicial, causado por tal inimaginável invasão, os Dragões Anciões foram chegando e aos poucos ocupando o terreno do cemitério em volta do castelo. Em suas formas místicas era difícil não se maravilhar e intimidar perante tão magníficas criaturas. Suas presenças aterradoras faziam gelar nas veias o sangue do mais experiente e destemido oponente.

Necromantes de um lado, defendendo o direito de posse do cadáver de seu ex-discípulo transformado em inimigo, e dragões do outro lado reclamando o corpo daquele que havia se tornado um dos seus. O impasse estava estabelecido e só uma luta de vida e morte entre os clãs poderia resolver essa contenda.

Pegos de surpresa os necromantes Crazyboy, Cisse e Hally mal podiam acreditar no que estava acontecendo em solo dos Undeads. Ali estavam, magnificos e ameaçadores, os Dragões Anciões, Cello o Azul Saqueador Impio de Tiamat, líder do clã; Heder o Vermelho , segundo em comando e as anciãs Jaddy a Negra; Yulia a Saqueadora Impia de Tiamat e Coreh a Vermelha Maligna, além de Pablo e da jovem dragonesa que fora o pivô de toda essa história. Vendo-se em inferioridade de forças os necromantes resolvem tentar negociar porém, do alto de toda sua imponencia, Cello não permite que continuem a falar, desafiando aqueles seres repugnantes por incorrerem no unico erro que jamais poderiam ter cometido: capturar um dos membros do Clã dos Dragões. Soltando um urro que fez estremecer toda a terra a sua volta, com sua poderosa garra aprisiona Hally, que pega de surpresa, não esboça qualquer reação, jogando-a em suas costas e levantando vôo em direção ao Covil. Aproveitando-se da surpresa estampada nos rostos de Cisse e Crazyboy, Heder rapidamente agarra o corpo de desmor e alça vôo atrás de seu irmão. Os Dragões jamais abandonam os seus, mesmo que seja só um corpo sem vida. Um a um os dragões decolam daquele solo maldito e voam em direção ao covil deixando para trás dois perplexos e não menos furiosos necromantes.

Após chegarem ao covil, rumores são ouvidos vindo do lado de fora e Cello então percebe que os Undeads chamaram seus aliados Hunters e Vampiros para tentarem um resgate. Eles haviam se recuperado do susto inicial mais rapido do que o dragão azul havia imaginado; não havia tempo a perder. Reunidos em torno da refém os dragões dividiam-se quanto ao destino da mesma. Pablo queria matá-la, Coreh desejava torturá-la primeiro, Jaddy que lhe matassem a criança que estava estava em seu ventre, Yulia achava que ela deveria ter seu rosto marcado antes de ser morta e Heder, que estava com fome, achava que deviam simplesmente devorá-la.

Com tantas opiniões diferentes sobre o que fazer com Hally, Cello invocou um canal mental e comunicou-se com a Grande Deusa do Caos Tiamat, Criadora dos Dragões Malignos, pedindo orientação. Quase que imediatamente Cello recebeu uma mensagem da Deusa dizendo que ele deveria honrar os seus...Sem mais delongas ele tomou a decisão de degolar a necromante e com suas garras marcar seu rosto. Não demonstrando qualquer emoção em seu rosto Cello encaminhou-se até onde estavam os Undeads e jogou a cabeça, coberta de sangue, de Hally aos pés de Guilherme Cisse. Sem esperar qualquer resposta, girou seu enorme corpo e já dirigia-se de volta ao covil quando escutou a ameaça que ecoou pelos céus de Darkness Fall. Os Undeads haviam jurado que teriam sua vingança.

*********** Fim da Parte II **************

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